Mesmo com o registro impugnado pelo TRE-SP, o candidato a deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) se valerá da longa fila de recursos à espera de julgamento pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para continuar com a campanha. O processo contra o ex-governador vai se somar a 486 recursos que chegaram ao TSE, mas ainda não foram julgados. Destes, cerca de 110 dizem respeito a políticos com candidatura ameaçada pela Lei da Ficha Limpa.
Em tese, todos os recursos deveriam ter sido analisados até o dia 19. Mas nenhum caso foi apreciado até agora pelo plenário da corte e menos de 5% foram julgados por ministros do TSE. O julgamento monocrático não é definitivo, e os candidatos podem recorrer ao plenário.
Para o cientista político Lucio Rennó, o risco que candidatos correm de levar adiante candidaturas ameaçadas nem se compara ao que a demora pode causar ao eleitor: – Quando a impugnação se confirma só depois da eleição, o eleitor vê o seu voto perdido.
O calendário eleitoral não segue os prazos da Justiça.
Entre os candidatos a governos estaduais na corda bamba, apenas Joaquim Roriz (PSC-DF) entrou com recurso. Cassio Cunha Lima (PSDB-PB), candidato ao Senado, fez o mesmo. O Ministério Público do Maranhão entrou com recurso contra decisão do TRE-MA, que deu sinal verde para Jackson Lago (PDT).
O MPE do Pará recorreu da decisão do TRE-PA, que liberou Jader Barbalho (PMDB-PA) para concorrer ao Senado.
Fonte- O Globo