Greve dos servidores municipais mantém adesão de 20%; prefeito segue intransigente

A greve dos servidores públicos municipais entra no seu quinto dia com 20% de adesão. Segundo o sindicato da categoria, aproximadamente 1.100 dos 5.500 funcionários da administração pública municipal direta e indireta estão com as atividades paralisadas. O prefeito Vinícius Camarinha (PSB) segue intransigente e se recusa a negociar com os grevistas.

Desde a última quinta-feira (14), os servidores estão em greve. Os professores continuam correspondendo à maioria das adesões, seguidos dos funcionários da Garagem. Os servidores da Saúde aderiram à paralisação esta semana e o Sindimmar (Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos do Município de Marília) pede que eles compareçam nos protestos defronte à Prefeitura. Boa parte dos médicos, enfermeiras e dentistas está em greve, assim como as assistentes sociais.

Hoje (20), a partir das 8h, está prevista manifestação em frente ao Paço Municipal. O movimento deve ter o apoio de representantes da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo). “Faz muito tempo que Marília não tem um movimento como este dos servidores. Os professores estão em grande número, os médicos ainda não vieram para a avenida, assim como muita gente que assina a lista”, salientou o presidente do Sindimmar, Mauro Cirino.

O sindicalista aproveitou para convocar os aposentados a participarem das manifestações no centro da cidade. Apesar de rumores, na última segunda-feira, de que a paralisação estaria chegando ao fim, Cirino garantiu que está descartado o fim da greve, pelo menos por enquanto. O Sindimmar aguarda repostas para reivindicações protocoladas na última segunda-feira (18) junto à Prefeitura para não serem descontados do próximo holerite os dias parados, a volta do gatilho automático para a reposição salarial das perdas com a inflação pelo IPC-Fipe e a apresentação de novo percentual de reajuste salarial acima dos 4,50% já aprovados pela Câmara Municipal e em vigor depois de publicação no Diário Oficial do Município.

A categoria pede 8,42% de reposição salarial das perdas com a inflação e mais 10% de aumento real. A categoria ainda quer a regulamentação da aposentadoria especial, o adicional de periculosidade para quem circula de motocicleta, o pagamento das licenças-prêmio em atraso, a retomada da progressão por mérito, o pagamento de um terço das férias em dinheiro, o depósito dos vencimentos na conta dos servidores no último dia de cada mês – hoje acontece no 5º dia útil – e a volta do gatilho para repor de forma automática as perdas com a inflação.

Administração

A Prefeitura garante que a adesão é baixa e parcial em alguns setores, não prejudicando a prestação dos serviços para a população do município. A Administração informa ainda que fez a negociação salarial com o sindicato antes da greve e que o aumento já foi aprovado pela Câmara. O índice oferecido foi baseado no reajuste do IPTU porque a Prefeitura não pode indexar o salário a um índice federal. O prefeito Vinicius Camarinha (PSB) avisou que vai cumprir o que determina a Lei e descontar os dias dos servidores que não bateram o ponto.

Fonte: Jornal da Manhã