Representantes do PSOL (Partido da Solidariedade) e de outros partidos voltaram a ocupar as galerias da Câmara Municipal de Marília, para protestar contra o vereador e presidente do Legislativo, Herval Rosa Seabra (PSB). Segundo o Marília Global apurou, ele deixou a Sessão Ordinária por volta das 19h30, antes de as manifestações começarem.
Durante o Pequeno Expediente, período que é reservado aos vereadores para usar a tribuna e falar sobre qualquer assunto, os manifestantes interromperam alguns oradores. Durante o pronunciamento do vereador Cícero Carlos da Silva, o Cícero do Ceasa (PT), o público não se manifestou. Já o vice-presidente Marcos Rezende (PSD) precisou se esforçar muito para defender a Famema (Faculdade de Medicina de Marília), durante os 10 minutos em que usou a tribuna. Ao final, ele disse que respeita os manifestantes.
Já quando Wilson Damasceno (PSDB) foi à tribuna, o público novamente silenciou e não promoveu mais os gritos de ordem. Mas a atitude durou pouco. Com o retorno das manifestações, Damasceno pediu para que eles esperassem pelo menos pelos 10 minutos que ele tinha direito. “Vocês não podem esperar os meus 10 minutos?”, questionou. A troupe do PSOL fez então a pausa, diante da postura do parlamentar. Porém, vez por outra ainda era possível ouvir uma ou outra manifestação.
Durante o pronunciamento, Damasceno deixou claro que Herval Seabra não pode ser afastado de sua função, porque a Constituição Federal garante o direito ao presidente, que permaneça no cargo, até que o processo transite em julgado. “Concordo com a questão da legalidade. Mas existe também a legitimidade, que cada um de nós vereadores tem, por sermos representantes do povo. Legitimidade inclusive de eleger a Mesa Diretora e escolher o presidente. E houve um abalo de legitimidade em relação a permanência do vereador como presidente desta Casa”, disse.
A sessão teve a votação dos projetos normalmente, apesar das manifestações dos populares presentes. Por volta das 19h35 os trabalhos foram encerrados e teve início uma Sessão Secreta, para discutir a concessão de título honorífico para personagem da cidade.