As obras de tratamento e afastamento de esgoto em Marília estão paralisadas desde junho e já começam a sofrer os efeitos do tempo. Segundo publicação do jornalista Hailton Medeiros, que esteve no canteiro de obras na bacia do Pombo, no extremo Oeste de Marília, o solo está erodindo por todos os lados; os materiais utilizados estão sendo corroídos pelo sol e a chuva; a lona que reveste os tanques do tratamento do esgoto estão rasgando e cedendo; a terra se acumula tanto debaixo da lona quanto por cima dela, exigindo que o serviço seja refeito; equipamentos caríssimos para aeração dos tanques de esgoto estão empilhados no tempo, apesar das placas com específicas recomendações para armazená-los.
Devido à suspensão das obras, a MATRA enviou ofício ao Ministro das Cidades, Gilberto Kassab, pedindo esclarecimentos sobre os repasses de recursos do Governo Federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, para as obras. A entidade perguntou se as transferências estão realmente atrasadas, o que poderia paralisar os serviços. Em resposta, foi informado que o Ministério das Cidades repassou à Marília, por meio da Caixa, o valor de R$ 6.593.253,85, mas a Prefeitura ainda deverá receber R$ 632.920,72. Também foi informado que não há motivos para a paralisação.
Outro lado
De acordo com informações da Prefeitura, o investimento total da obra é de R$ 106 milhões a fundo perdido do Governo Federal, com uma contrapartida do município de 4%. Lançada no dia 29 de agosto de 2013, a obra do esgoto engloba três bacias: a do bairro Barbosa; do Pombo; e a do Palmital.
Nota enviada à imprensa informa que “a Prefeitura de Marília esclarece também que a contrapartida do município foi baseada na arrecadação de tributos e que com atual crise econômica nacional e com as solicitações de atualização do contrato, o valor da obra está estimado, neste momento em R$ 137 milhões. Assim, os valores da contrapartida da Prefeitura se elevaram em quase 30%, sendo que os repasses do Governo Federal permanecem fixos e com base no valor inicial da obra”.