O site Giro Marília publicou matéria no último sábado (03) afirmando que a Câmara deverá receber nos próximos dias Projeto de Lei de autoria do Executivo para autorizar a Prefeitura a promover a concessão dos serviços de captação e distribuição de água na água na cidade, ou seja, a privatização do Daem (Departamento de Água e Esgoto de Marília). A notícia ainda afirma que o projeto foi desenvolvido por escritório especializado de outra cidade.
Os rumores para a privatização teriam aumentado após a aprovação do Plano Diretor de Água e Esgoto, no qual são apontados benefícios para a venda. O imbróglio envolvendo as obras de esgoto, que está paralisada por falta de pagamento da contrapartida da Prefeitura, também fomentaram a medida.
A possível privatização do Daem não é novidade para o mariliense. Em 2010, o então Prefeito Mário Bulgareli tentou vender a autarquia, mas após forte pressão da Matra, dos vereadores de oposição e da população, a venda não foi efetivada.
Prefeitura é a maior devedora do Daem
Em 2011, as contas do departamento referente ao exercício financeiro de 2011 foram rejeitadas pelo Tribunal de Contas. Na época, o órgão afirmou que a Autarquia deve “assumir ainda maiores esforços para receber seus créditos junto à Prefeitura Municipal de Marília, sua maior devedora (R$ 32.741.417,50), no intuito de melhorar sua saúde financeira e afastar o risco da prescrição, a que se submetem tais direitos”.
Em resposta a um requerimento elaborado pelo vereador Mário Coraíni Júnior em 2013, o Daem informou que a dívida da Prefeitura para com o departamento alcançava, até aquele ano, o montando de R$ 40.403.227,78.
Durante a campanha eleitoral o Prefeito Vinícius Camarinha disse em reunião realizada na Cúria Diocesana que é contra a venda do Daem: