COMBATE À DENGUE: Estado dispensa 29 agentes temporários da Sucen

A partir do próximo dia 9 a cidade de Marília deixará de contar com apoio de 29 agentes temporários da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) no combate à dengue. Os trabalhadores, que têm atuado nos últimos seis meses, não terão os contratos renovados. Segundo o diretor regional do Sindsaúde (Sindicado dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo), Domingos Benedito, há algum tempo a entidade mantém negociação com o governo paulista, mas não houve avanços.

“Estamos questionando há meses a necessidade da prorrogação dos contratos de trabalho desses agentes, mas a Secretaria da Saúde não forneceu nenhuma resposta. Até abrir um novo concurso e treinar novos profissionais a cidade vai ficar desprotegida no período de maior incidência do mosquito”, disse.

A reportagem do Jornal da Manhã manteve contato com os agentes. Eles afirmaram inconformismo com a decisão do Estado de São Paulo em interromper o trabalho de combate à dengue. Os trabalhadores alegam que a Sucen sofre com déficit de funcionários e que Marília deve ficar desprotegida. “

Sem a nossa atuação a cidade fica entregue à epidemia de dengue. Temos focado nosso trabalho na região Sul e em quase todas as casas encontramos larvas do mosquito ou recipientes com acúmulo de água. Tenho certeza que a situação vai ficar calamitosa”, afirmou um agente, que não quis se identificar.

Por nota, a Secretaria Estadual da Saúde informou que está com processo em andamento para viabilizar a reposição de novos funcionários para a Sucen. O órgão ainda ressaltou que as ações de campo para controle e combate do mosquito Aedes aegypti são de competência das prefeituras e que o Estado, por sua vez, neste ano, adotou medidas para apoiar os municípios nas ações de controle com o objetivo de que cada prefeitura também se estruturasse com equipes próprias.

A reportagem do Jornal da Manhã entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Marília, mas até o fechamento desta edição não houve retorno.

Fonte: Jornal da Manhã