O gerenciamento da Ciclofaixa Municipal de Lazer será realizado pela Associação Paulista de Taekwondo (Marília), vencedora da licitação nº 254/2015, pelo valor de R$ 253.800,00. O uso da ciclofaixa está suspenso desde novembro de 2014. Na época a Prefeitura de Marília disse que o projeto estaria momentaneamente suspenso e que retornaria até janeiro de 2015. Realizado aos domingos, a Ciclofaixa durou apenas sete meses e tinha um total de 10 quilômetros de extensão na Avenida das Esmeraldas, começando próximo ao estádio Abreuzão e seguindo até o Distrito de Lácio (ida e volta).
Novas bicicletas – Em setembro a Prefeitura homologou a empresa BLU CORPORATION EIRELI – ME na licitação que visava a aquisição de 160 bicicletas destinadas à ciclofaixa. No total, a Administração comprou 20 bicicletas que suportam até 70 quilos, 120 unidades que suportam até 100 quilos e 20 bicicletas para duas pessoas.
Suspeita de irregularidades – Duas empresas pertencentes a um dirigente da Federação Paulista de Ciclismo (FPC) foram as maiores beneficiadas pelos mais de R$ 2,5 milhões que o governo do Estado de São Paulo destinou à entidade para a implantação de ciclofaixas de lazer nas cidades de Marília, Ribeirão Preto, no interior, e Diadema, no ABC paulista, entre 2013 e 2014. Concorrentes, a Oliveira Transportes e Serviços e Ágil Express, juntas, receberam mais de metade do montante repassado.
No convênio firmado pela Secretaria de Esporte Lazer e Juventude (SELJ) com a FPC para a implantação da ciclofaixa em Ribeirão Preto e em Marília, por oito meses, Ágil Express e Oliveira Transportes receberam R$ 941,1 mil para locações de grades e veículos, entre outros serviços.
À época em que os convênios vigoraram, entre 2013 e 2014, Rogério Barrenha Benucci era, ao mesmo tempo, membro suplente da atual gestão da federação e sócio de Luciana Benucci na Ágil Express. Apesar de não aparecer no quadro societário da Oliveira Transportes, da qual o único sócio é Fernando Barrenha de Oliveira, Luciana assina todos os orçamentos da empresa nas tomadas de preços.
Sediadas em São Bernardo do Campo, no ABC, as duas empresas têm seus sites cadastrados em nome da mesma pessoa, Luciana, cujo telefone para contato é o número comercial da Ágil Express. Para o secretário-geral da ONG Contas Abertas, Gil Castello Branco, há indícios de fraude. “É muita coincidência que diversos serviços o sejam por parte de pessoas ou entidades que tenham no seu quadro social pessoas que estão na própria Federação.”