A Justiça aceitou o pedido feito por Mário Bulgareli para não arcar com custos processuais. A justificativa apresentada é de que o ex-prefeito não possui recursos financeiros suficientes para pagar o recurso de apelação no valor de R$ 59.241,65. Segundo o relator do caso, Antônio Carlos Villen, Bulgareli tem renda mensal de R$ 8.000,00, mas apresentou documentos que indicam condições de dificuldade financeira e que, por isso, não poderia pagar o valor do recurso.
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Irregularidades
No dia 31 de maio de 2012, o Ministério Público Estadual entrou com ação civil pública contra ex-prefeito Mário Bulgareli, o ex-chefe de Gabinete Nelson Granciéri e o proprietário da oficina São Carlos, Reinaldo Fernandes, por improbidade administrativa.
Os três foram acusados de desvios de verbas públicas e possível lavagem de dinheiro por meio dos contratos entre prefeitura e a oficina São Carlos.
Os funcionários e mecânicos afirmaram que o volume de pagamentos feitos pela Prefeitura à empresa não corresponde ao número de serviços prestados. Só em 2011 foram pagos R$ 3,5 milhões para a oficina, grande parte desses pagamentos foram feitos fora da ordem cronológica da Prefeitura.
Em novembro de 2011, a Matra enviou uma representação ao Ministério Público informando que, antes mesmo da realização da licitação para serviço de manutenção mecânica em 2010, na qual a oficina São Carlos sagrou-se vencedora, a Prefeitura pagava diretamente a pessoa física do proprietário da oficina por esses serviços.
Na representação, a entidade solicitava a investigação de possível uso irregular do dinheiro público por meio de compra fracionada e fraude à licitação.