Justiça proíbe publicação de pesquisa suspeita referente à eleição para prefeito

A Justiça Eleitoral proibiu os veículos de comunicação da cidade de publicar a pesquisa de intenção de voto dos candidatos a prefeito, elaborada pela empresa Quality Pesquisas e Assessoria Empresarial Eireli ME. Com indícios de fraude, no entendimento do magistrado Luiz Augusto Esteves de Mello, a publicação da mesma poderia trazer prejuízos e influenciar no pleito de domingo (2).

Um dos fatores que levaram a Justiça a proibir a publicação da pesquisa é o fato da empresa ter inscrição no CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) poucos dias antes do seu registro. A Quality estaria sediada em São Paulo, mas o telefone para contato era um celular com código 18 – região de Assis e Prudente.

O juiz eleitoral Luiz Augusto Esteves de Mello já havia dado provimento a representação da Coligação “Marília: Desenvolvimento sem Corrupção” (PSDB/PMDB/PTB/PV/PC do B/PPS), anteontem (28).

O valor pago pela pesquisa, conforme consta no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), foi de R$ 21.800,00. O detalhe é que no registro não existe contratante.

As consultas populares seriam realizadas de domingo (25) até quarta-feira (28). Os percentuais de intenções de votos dos candidatos a prefeito não tinham sido informados ao cartório da 70ª zona eleitoral.

Assessores ligados a concorrentes no pleito municipal de domingo (2) informaram que a Quality Pesquisas e Assessoria Empresarial teria se oferecido para fazer a pesquisa a diferentes candidatos a prefeito e aos contratantes prometia utilizar o método que gerasse um resultado melhor a cada cliente.

O mesmo expediente estaria sendo utilizado em cidades da região de Marília. O Jornal da Manhã apurou que a pesquisa também chegou a ser oferecida em Pompeia, Garça e Vera Cruz.

Os jornais impressos, emissoras de rádio e de televisão que divulgarem a pesquisa fraudulenta vão ser multados em R$ 200 mil.

Fonte: Jornal da Manhã