O Município tem a confirmação do 3º caso humano de leishmaniose deste ano. A vítima é uma mulher adulta que se encontra em tratamento domiciliar, sendo moradora da área do Parque das Nações, zona norte. Ao todo, Marília soma 16 pessoas contaminadas, com dois óbitos. O primeiro registro é de 2011.
Por enquanto, neste ano, a leishmaniose está concentrada na zona norte. Houve um registro na área de abrangência da unidade de saúde do bairro Jânio Quadros, outro na área do Jardim Santa Antonieta e ontem a Saúde Municipal teve a confirmação do terceiro caso no Parque das Nações.
Do total de 16 casos humanos em Marília, o primeiro foi uma criança contaminada em 2011. Três anos depois, houve mais dois registros, com um óbito. Em 2015 Marília teve mais um caso, mas foi no ano passado que a contaminação em humanos se tornou mais preocupante, com nove pessoas doentes, sendo que uma faleceu.
A doença se transmite pelo mosquito palha, que se reproduz em matéria orgânica, vive na mesma localidade em que nasceu, saltitando apenas alguns metros, e se torna vetor do parasita leishmaniachagasi. O cão não é a primeira opção da fêmea em busca de sangue como proteína animal (para que possa se proliferar), mas, na falta da galinha e de alguns outros animais, os cachorros são picados e se tornam hospedeiros do parasita.O mosquito palha transmite a leishmaniose do hospedeiro ao homem.
As ações de controle da Saúde Municipal, em conformidade com as determinações do Ministério da Saúde, são agrupadas no chamado inquérito canino, em andamento na zona norte. “No inquérito canino fazemos a busca ativa de pessoas e animais com sintomas de leishmaniose, realizamos ações educativas, elaboramos uma planilha com a avaliação de risco de cada imóvel visitado e coletamos sangue dos cães para o teste rápido da doença”, informou o coordenador da Divisão Municipal de Zoonoses, Lupércio Garrido.
Quando o teste rápido é positivo, os donos recebem as orientações necessárias e é preciso aguardar a confirmação laboratorial para a eutanásia. Neste ano ainda não houve nenhuma eutanásia porque os exames ainda aguardam o resultado.
Não há cura definitiva de leishmaniose em animais, que mesmo tratados continuam sendo hospedeiros do parasita e colocando em risco a saúde pública. Já em humanos o tratamento é eficaz, mas a contaminação merece atenção e cuidados para evitar o agravamento e a evolução para óbito.
Prevenção
Somente cães e humanos padecem da leishmaniose, diferente de outros animais que, mesmo recebendo a picada do palha, não adoecem. A melhor forma de prevenção da doença é evitar a proliferação do mosquito vetor. O palha se reproduz em matéria orgânica à sombra. A orientação municipal é para limpeza dos quintais e terrenos, com a retirada de folhas, frutas caídas ao chão, madeira apodrecida e fezes de animais. Também é importante fazer a poda dos jardins e árvores para a passagem do sol.
Fonte: Jornal da Manhã