Incomodado com a alta reincidência de jovens que passavam pela promotoria e, após cumprirem internação na Fundação Casa, voltavam para o tráfico, o promotor de Justiça de Bragança Paulista, Ricardo Zampieri, decidiu mapear os bairros e as ruas em que os adolescentes traficavam. Dessa forma ele conseguiu identificar a raiz do problema. Com essa radiografia (feita em 2016) Zampieri propôs uma parceria entre o MPSP e a prefeitura local para desenvolver políticas públicas que ajudassem a tirar os jovens das ruas e, consequentemente, do tráfico. Com o mapeamento ficou mais fácil para a prefeitura saber onde e como intervir para acabar com o problema. No início de 2018 uma parceria com a Confederação Brasileira de Atletismo, baseada em Bragança Paulista vai atender 200 adolescentes que serão selecionados justamente nos bairros com maior índice de tráfico.
Na entrevista, publicada pelo Núcleo de Comunicação Social do MP, Zampieri, que também é conselheiro do Conselho de Estudos e Políticas Institucionais (Conepi) contou ainda que é um entusiasta do uso de dados estatísticos para direcionar a atuação funcional. Ele falou ainda sobre o programa desenvolvido pela Oracle com os dados do SIS e do ESaj que vão possibilitar saber em nível estadual os locais onde ocorrem mais crimes como furto a transeunte, roubo a residência, violência sexual ou doméstica, por exemplo. De acordo com ele, essas informações vão possibilitar a todos os promotores de Justiça atuar de forma repressiva e preventiva.
*Está aí um bom exemplo a ser seguido.
Semanalmente, o “Estúdio MP” traz entrevistas com membros do Ministério Público de São Paulo. Nos programas, são abordados iniciativas e detalhes sobre a atuação da instituição. Esta e as demais edições do programa podem ser vistas na seção de vídeos do portal do MPSP e no canal da instituição no Youtube.
Fonte: Núcleo de Comunicação Social – MPSP
*nota da MATRA