Segundo reportagem publicada no site Marília Notícia, a Prefeitura de Marília concluiu na semana passada uma auditoria interna junto ao Ipremm (Instituto de Previdência do Município de Marília) e enviou os relatórios ao TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo), TCU (Tribunal de Contas da União), MPE (Ministério Público Estadual), MPF (Ministério Público Federal) e Câmara Municipal.
O objetivo é que os órgãos tomem conhecimento e providências legais com base na auditoria. Estão esmiuçados dados sobre a dívida de aproximadamente R$ 200 milhões da Prefeitura de Marília com o Ipremm. O montante se acumulou ao longo dos anos, mas teve expressivo aumento no ano passado. A dívida foi parcelada recentemente pela Prefeitura, os documentos sobre isso foram publicados recentemente no Diário Oficial do município após aprovação da Câmara no fim do mês passado.
Em entrevista ao Marília Notícia, a presidente do Ipremm, Mônica Regina Silva, falou sobre esses assuntos e afirmou que, caso não seja feita uma reestruturação no Instituto, o parcelamento consumado nesta semana não impedirá um novo colapso na previdência municipal em alguns anos.
De acordo com ela, a Prefeitura continuará pagando cerca de R$ 3 milhões de aporte e mais R$ 1 milhão por mês referente ao parcelamento em 200 vezes.
“Estamos fazendo estudos para aumentar a rentabilidade do Ipremm e em três meses devemos ter uma reformulação. É pouco tempo, mas estamos trabalhando”, falou Mônica ao Marília Notícia.
TRABALHO DA CPI DO IPREMM DEVE COMEÇAR NESTA TERÇA-FEIRA (26)
Depois da nomeação do vereador Mário Coraíni Júnior (PTB) como presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Ipremm (Instituto de Previdência do Município de Marília), que tem como relator o veredor José Luiz Queiroz (PSDB) e o terceiro membro Maurício Roberto (PP), começa de fato a fase de investigação do rombo previdenciário de aproximadamente R$ 200 milhões no município.
Segundo reportagem do Jornal da Manhã durante a coletiva de imprensa marcada para anunciar a composição da CPI, o presidente do legislativo mariliense, Wilson Damasceno (PSDB), afirmou: “Trata-se de um momento de fundamental importância para servidores da ativa e os inativos da Prefeitura. A situação do Ipremm é preocupante. Já havia alertado isso no mandato de 2009 a 2012 e também na gestão passada. Existe uma necessidade de fiscalização. Não podemos ficar na situação atual em que a Prefeitura tem que pagar os salários de aposentados e pensionistas, sendo que existe um fundo previdenciário para isso”.
Inicialmente a comissão terá 90 dias para a realização dos trabalhos, mas o prazo é prorrogável por mais 90 dias se for necessário. A primeira reunião da CPI do Ipremm deve acontecer na tarde de terça-feira (26/09), na sala de reuniões Nasib Cury, na Câmara.
Em um primeiro momento, deverão ser solicitados documentos ao Instituto e à Prefeitura para depois terem início as oitivas da CPI do Ipremm. Além da atual presidente do órgão Mônica da Silva, deverão ser chamados para depor ex-presidentes e ex-prefeitos.
Será investigada, entre outras coisas, a utilização de forma irregular de um fundo que já teve R$ 56 milhões em determinada época, deveria ter ao menos R$ 150 milhões atualmente e hoje possui apenas R$ 8 milhões, segundo a Prefeitura.
(com informações do Jornal da Manhã e Marília Notícia)