Com novo superintendente nomeado desde 31 de janeiro, mas ainda sem tomar posse, a cúpula da PF (Polícia Federal) tem mudanças no Mato Grosso do Sul. Na última quarta-feira (7), foi publicada no Diário Oficial da União a nomeação do delegado Luciano Menin para comandar o setor de investigação e combate ao crime organizado.
Menin já integrou a equipe da Lava Jato e vai substituir o delegado Cleo Mazzotti, que primeiro assumiu o comando da PF como interino e agora foi designado como delegado regional executivo. Ele vai atuar num segmento mais administrativo, pois cabe a essa delegacia controle de produtos químicos, registros de armas e setor de imigração.
Até então, o cargo era ocupado por Caio Pellin, que assumiu a superintendência da Polícia Federal em Rondônia.
O novo chefe da investigação contra o crime organizado (Luciano Menin) já atuou por duas vezes na Operação Lava Jato, uma delas em força-tarefa, e estava ligado à delegacia de Marília desde 2000, com atuação no combate ao tráfico de drogas e na Operação Miragem, que lacrou as rádios Diário FM e Dirceu AM, que estavam sem registro.
Na Miragem, Menin instaurou inquérito que provocou ordens de prisão e buscas na prefeitura de Marília, residências e escritórios políticos do deputado estadual Abelardo Camarinha e seu filho, Vinícius Camarinha, que era prefeito da cidade na época.
O deputado pediu à Justiça Federal para afastar o delegado da operação, alegando perseguição, inimizade, parcialidade e interesse pessoal na investigação conduzida pelo delegado, porém o pedido foi negado.
Cleo Mazzotti, que interinamente atua como Superintendente da instituição, até a posse de Luciano Flores, atuou na Operação Lama Asfáltica em Mato Grosso do Sul, que culminou com as prisões do então secretário executivo do Ministério dos Transportes Edson Giroto e do ex-governador André Puccinelli, além de investigar na ação diversos empresários e políticos do Estado.
(com informações do Midiamax e Campo Grande News)
*imagem meramente ilustrativa.