SEMENTE PLANTADA: SOCIEDADE PROPÕE MUDANÇAS NO TRATAMENTO DO LIXO. AGORA CABE AO PODER PÚBLICO FAZER A PARTE DELE

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Quem teve a oportunidade de participar da Plenária do Lixo no auditório da ACIM (Associação Comercial e Industrial de Marília), na noite da última quarta-feira (28), certamente ficou impressionado com o número de pessoas (mais de 150, de diversos segmentos da sociedade), que se dispuseram voluntariamente a buscar informações, discutir e opinar sobre a destinação do LIXO, que atualmente é um considerado um grave problema para Marília.
Durante a organização do evento, a Matra e os demais parceiros ressaltaram que sem a implantação de um plano municipal cuidadosamente elaborado para resolver o problema, pensando principalmente no futuro, Marília gasta atualmente cerca de R$ 17 milhões por ano para levar para outra cidade o lixo que é produzido aqui e essa conta (que é paga por toda a sociedade), vai ficar cada vez mais cara se nada for feito.
Pensando nisso, mais do que uma oportunidade de reunião de especialistas e profissionais da área, que falaram sobre algumas das diversas alternativas que podem ajudar o Município a resolver esse problema, com base, inclusive, em experiências bem-sucedidas de outras localidades, a Plenária – que entrará para a história de Marília – marcou a UNIÃO de entidades e de pessoas dos diversos setores da sociedade, dispostas a dar a sua contribuição individual para a melhoria da qualidade de vida de todos os marilienses.
O momento é de agradecimento aos organizadores, aos parceiros, aos colaboradores e principalmente a cada pessoa que dedicou o seu tempo para AJUDAR na elaboração de ações concretas que, esperamos com muito otimismo, resultem em breve na solução do problema do lixo em Marília.
“Gostaria que esse tipo de evento tivesse no Estado inteiro. Vocês estão de parabéns! Foi uma sementinha plantada e conforme essa semente for gerando uma árvore, a CETESB vai estar sempre junto para ajudar a resolver da melhor maneira possível a destinação dos resíduos aqui na cidade e na região, destacou Fernando Antônio Wolmer, Engenheiro Químico da CETESB, que veio de São Paulo para participar do evento.
“As pessoas acham que o tratamento de lixo vai tirar o pão da boca do reciclador. Não é nada disso. O catador não quer o lixo que vai compactado nos caminhões, ele precisa de coleta seletiva. E paralelamente à isso, nós estamos pensando naqueles R$ 1,4 milhão por mês que vai para Quatá, é isso que nós temos que resolver”, concluiu Wolmer.
“O desafio ele é muito grande e ele vai precisar do envolvimento de toda a população. A participação social é um elemento fundamental na elaboração de política pública que dure, que funcione e que tem resultado. Eu acredito que todos aqui saíram mais conscientizados e mais unidos por soluções que sejam consenso para a nossa cidade, em busca de um desenvolvimento que seja sustentável, responsável e inclusivo para a nossa cidade. Foi um debate muito grande e as entidades envolvidas estão de parabéns”, afirmou Luiz Eduardo Diaz, membro da Associação Ambientalista de Marília – Origem, coorganizadora da Plenária.
Foram mais de duas horas de explanações e contrapontos. É claro que um problema tão complexo não terá uma solução simples, mas o mais importante foi perceber que a tão almejada solução, pode estar na aplicação conjunta de diferentes técnicas de maneira que se preserve o meio ambiente, garanta a renda necessária aos recicladores e resulte, ao mesmo tempo, em economia aos cofres públicos.
“Iniciativa muito mais do que louvável!”, afirmou Marcos Rezende, Presidente da Câmara Municipal. Que completou: “A participação do Poder Legislativo nessa temática é a demonstração clara que nós temos do respeito à sociedade e com o tema. Nós temos que estar municiados das informações para que possamos tomar as melhores decisões”. Além de Rezende, outros seis vereadores participaram da plenária: Wilson Damasceno, José Luiz Queiroz, Cícero da Silva, Maurício Roberto, Danilo Bigeschi e Luiz Eduardo Nardi.
“O Município está empenhado nisso e toda a ajuda será muito bem-vinda, afirmou Vanderlei Dolce, Secretário Municipal do Meio Ambiente e Limpeza Pública de Marília, que esteve na Plenária acompanhado dos Secretários Cássio Luiz Pinto Júnior, Ricardo Mustafá e Wania Lombardi.
“Temos que destacar o interesse da população em buscar alternativas com relação ao lixo de Marília. Dessa forma nós vamos ajudar o Poder Público a encontrar uma maneira de resolver o problema definitivamente e não provisoriamente como tem sido feito há vários anos”, ressaltou José Geraldo Garla, membro da Matra. E ele completou: “Nenhum investidor vai fazer o investimento sem o retorno financeiro, mas desde que se alivie os custos para o Município ou para a população, que é quem paga a conta, já será uma grande alternativa”.
O próximo passo será a elaboração de um documento oficial no qual as entidades envolvidas na organização da Plenária vão apresentar os principais tópicos apontados pelos expositores e as possíveis alternativas para a destinação do lixo produzido em Marília. Em breve publicaremos o andamento dos trabalhos.
A semente foi plantada! Agora precisamos de um número ainda maior de pessoas para regá-la e ajudá-la a se desenvolver. Lembre-se Marília tem dono: VOCÊ!

Fotos: Matra