Ministério Público arquiva denúncia de “rachadinha” na Câmara Municipal de Marília

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O Promotor de Justiça, Reginaldo César Faquim, decidiu arquivar um inquérito civil aberto para investigar denúncia de cobrança de “rachadinha” na Câmara Municipal de Marília. O termo rachadinha ficou conhecido como a prática de determinados funcionários atuantes no poder público devolverem parte do salário para os seus superiores, geralmente os políticos que os contrataram, em troca da nomeação nos cargos públicos – uma espécie de troca de favores.

Conforme apontou reportagem do site Giro Marília, o parecer já foi encaminhado à 1ª Vara Criminal da cidade e o caso já aparece no site do MP como ARQUIVADO.

A denúncia usou o nome de um jornalista da cidade, mas acabou registrada como anônima depois que ele negou ser o autor da mensagem enviada ao MP. A representação acusava o vereador Marcos Rezende, atual Presidente da Câmara, de exigir a devolução de parte dos salários de assessores nomeados em cargos de comissão – aqueles contratados diretamente, sem concurso público e que a MATRA combate o abuso há mais de uma década.

Ainda conforme a apuração feita pelo Giro Marília, os servidores ouvidos estão registrados como doadores de recursos para a campanha eleitoral de Marcos Rezende, mas disseram em depoimento que as doações foram voluntárias e em apoio ao então candidato, sem qualquer vínculo com os salários.

Marcos Rezende também foi ouvido. Conforme aponta a reportagem, ele negou a cobrança de qualquer valor e disse que está em seu quarto mandato como vereador, o segundo como presidente da Câmara. Rezende disse ainda que vive há 40 anos no mesmo imóvel e que todos os seus vencimentos são regularmente declarados à Receita Federal.

A MATRA divulga as informações em defesa da transparência e da boa aplicação dos recursos públicos.

*Fonte: Giro Marília

**Imagem meramente ilustrativa.