Em reunião realizada no fim da tarde de ontem (10), a Prefeitura não apresentou novo índice de reposição salarial ao servidores públicos municipais, que estão em greve desde o dia 14 de maio. Na última segunda-feira (08), a Administração Municipal havia informado à comissão de greve que iria apresentar uma nova proposta nesta quarta-feira. Porém, novamente afirmou que não pode conceder índice maior que 4,5%, o qual já foi aprovado pela Câmara.
Reunião
O encontro desta quarta-feira ocorreu no auditório do 2º andar da Prefeitura e contou com a presença dos secretários Marco Antônio Alves Miguel (Administração), Sérgio Moretti (Fazenda) e Rodrigo Zotti de Araújo (Economia e Planejamento), além do Procurador Geral do Município Gustavo Costilhas. A comissão de greve foi representada por membros de diversas subcategorias e do jurídico do Sindimmar (Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos do Município de Marília). Com a ausência do prefeito Vinícius Camarinha da reunião, o secretário da Administração Marco Antônio Alves Miguel transmitiu as propostas.
Propostas
A Administração sugeriu a criação de uma comissão com um auxiliar de cada Pasta e dois representantes técnicos do sindicato dos servidores para avaliar a possibilidade de se apresentar um índice de reajuste no próximo semestre. Em relação aos dias parados, foi informado que o Prefeito Vinícius Camarinha irá descontar dos salários dos servidores que permanecerem em greve. Para aqueles que retornaram ao trabalho até 29 de maio, os dias parados poderão ser descontados em banco de horas ou compensação de trabalho.
Após as explicações dos secretários Rodrigo Zotti de Araújo e Sérgio Moretti sobre a impossibilidade para a concessão de um repasse de percentual maior aos servidores por conta da queda na arrecadação e ter de seguir o que determina a Lei de Responsabilidade Fiscal, o Procurador Geral do Município disse que a Fumes (Fundação Municipal de Ensino Superior de Marília) impacta diretamente nossa folha de pagamento.
Servidores
O presidente do Sindimmar, Mauro Cirino, ficou indignado com a situação. “As negociações regrediram. Até a última reunião o prefeito Vinícius garantiu que não ia descontar os dias parados e prometeu apresentar uma nova proposta”. O sindicalista ressaltou que do mesmo jeito que a Prefeitura vai descontar os dias parados dos grevistas deveria cumprir com as suas obrigações com os servidores. “A legislação só deve ser cumprida quando é em favor deles (Administração). O funcionalismo público municipal quer que pague em dia as horas extras, licenças-prêmio, prêmio- incentivo e progressão por mérito”.
Justiça
Durante o encontro de ontem na Prefeitura, o advogado do Sindimmar, Rogério Mendes Bazzo, disse que a greve não teve o trânsito julgado e depende de julgamento de mérito no TJ (Tribunal de Justiça). “Existe a possibilidade de compensação de horas. Vamos aguardar a assembleia dos servidores para decidir sobre o pedido. Podemos reivindicar o desconto fracionado”.
(Com informações do Jornal da Manhã)