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Carga Tributária

Arrecadação em junho passa dos R$ 208 bilhões, com alta de 11% na comparação com o ano passado

16 de agosto de 2024 - 11:30

A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 208,844 bilhões em junho de 2024, uma alta real (descontada a inflação) de 11,02% na comparação com o resultado de junho de 2023, quando o recolhimento de tributos somou R$ 180,475 bilhões, a preços correntes.

Em relação a maio, quando o montante foi de R$ 202,979 bilhões, a arrecadação subiu 2,67%, em termos reais. De acordo com a Receita, o resultado de junho, em termos reais, é o melhor para o mês na série histórica, iniciada em 1995.

No primeiro semestre de 2024, a arrecadação federal somou R$ 1,298 trilhão. Segundo a Receita, esse é o melhor resultado para o período na série histórica. O montante representa um aumento real de 9,08% na comparação com os seis primeiros meses de 2023.

DESTAQUES

O coordenador de Previsão e Análise da Receita Federal, Marcelo Gomide, destacou que a arrecadação de junho foi puxada especialmente pelas receitas de PIS/Cofins, que cresceram 21,95% na comparação com junho do ano passado.
Segundo ele, esse desempenho é influenciado por alterações de legislação tributária, como a reoneração dos combustíveis, além do crescimento verificado no volume de vendas.
Também ajudou na arrecadação de junho a entrada do Imposto de Importação, que teve crescimento “bastante expressivo”, segundo Gomide. Esse avanço foi influenciado por três variáveis: volume, taxa de câmbio e crescimento das alíquotas médias, verificado durante todo o ano de 2024 em razão do fim em reduções de alíquota que vigorou até o fim de 2023. “Era natural que houvesse crescimento das alíquotas médias”, pontuou o técnico.
Créditos de decisão judicial – O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, destacou que as compensações feitas a partir de créditos obtidos por decisão judicial caíram R$ 20 bilhões no primeiro semestre, na comparação com os seis primeiros meses de 2023. O volume passou de R$ 42,771 bilhões a R$ 22,840 bilhões neste ano.
A queda é resultado da proposta do governo aprovada pelo Congresso neste ano, que limitou as compensações feitas com créditos resultados de ação judicial. Malaquias pontuou, contudo, que esse efeito é diluído pelo uso de outros créditos que os contribuintes usufruem, já que, no total de débitos compensados no primeiro semestre, a queda foi somente de R$ 5,983 bilhões, uma redução de 5,36%.
O valor total no ano passado foi de R$ 111,640 bilhões, contra R$ 105,657 bilhões registrados nos primeiros seis meses deste ano. Os créditos previdenciários, por exemplo, tiveram um crescimento de 61,17%, passando de R$ 5,419 bilhões no primeiro semestre de 2023 para R$ 8,734 bilhões de janeiro a junho deste ano.
*Fonte: ACSP (com informações do Diário do Comércio).
**Imagem meramente ilustrativa.

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