Há quase seis anos a Matra – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, Marília Transparente – trava uma verdadeira batalha junto com a Sociedade Civil Organizada para convencer os vereadores de que treze cadeiras bastam na Câmara Municipal de Marília.
Em 2012, quando houve a alteração da Lei Orgânica aumentando para 21 o número de vereadores na Câmara (medida que só não foi colocada em prática ainda por determinação da Justiça), a Matra em parceria com diversas entidades coletou 14.115 assinaturas e propôs um Projeto de Lei de Iniciativa Popular para reduzir o número de cadeiras no Legislativo, mantendo as treze. Como já é sabido o projeto foi rejeitado, prevalecendo o interesse individual dos políticos em detrimento da vontade do povo.
Assim, desde o início do ano passado quando a liminar que garantia a permanência de treze vereadores foi derrubada, a Matra voltou a conversar com os vereadores e a sociedade civil por uma alteração na Lei Orgânica. Nesse sentido, com o apoio dos vereadores, Wilson Damasceno, Cícero da Silva, Danilo Bigeschi, José Luiz Queiroz, Marcos Rezende, Mário Coraíni Júnior e Luiz Eduardo Nardi, foi protocolado na Câmara o projeto objetivando o retorno no número de cadeiras para treze.
Mais uma vez diversas associações e entidades que representam uma grande parcela da população, como OAB, ACIM, Maçonaria, Associações de Moradores das quatro regiões da cidade, FIESP/CIESP e muitas outras, se juntaram nessa luta por uma Câmara eficiente e enxuta, combatendo principalmente o gasto de quase R$ 6 milhões a mais por legislatura – custo necessário para bancar oito vereadores a mais (só com os salários).
Os argumentos da Matra, que nunca esteve sozinha nessa luta, e que agora conta com apoio ainda maior, também já foram exaustivamente apresentados e permanecem consistentes, por que não são baseados no “achismo” ou na preferencia individual de ninguém.
O que temos defendido é que além da economia considerável de dinheiro público (meu, seu e todos os cidadãos que pagam impostos), temos que considerar ainda o custo/benefício da ação: os benefícios com oito vereadores a mais, compensam custo de quase R$ 1,5 milhão por ano?
Nesse momento alguns poderiam dizer que cidades bem menores como Oriente, Vera Cruz e até Borá, o segundo menor Município do país, tem 9 vereadores, então, Marília poderia ter mais que treze. Só que esse mesmo raciocínio pode nos levar a outra comparação equivocada, já que se São Paulo (a maior cidade do país) tem 55 vereadores, proporcionalmente, Marília poderia ter apenas um.
Não é esse tipo de discussão que a sociedade espera e merece. Por isso a Matra tomou a iniciativa de começar a ouvir o que os vereadores que não assinaram o projeto para a redução para treze pensam sobre o assunto.O primeiro a ser ouvido foi o vereador Maurício Roberto, do Partido Progressista. Ele afirmou que ainda não fechou a questão e que primeiro quer ouvir suas bases (eleitores) para decidir como vai votar. Mas adiantou que tal postura não significa que ele tenha dúvida, pelo contrário, mas que quer ouvir melhor as pessoas para poder tomar uma decisão de acordo com a vontade desses eleitores.
Afirmação que deixa a sociedade mais tranquila, afinal, como já foi demonstrado é cada vez maior o número de pessoas que defende a redução para treze vereadores, nenhum a mais, e se Maurício Roberto seguir o que os eleitores esperam, certamente votará pelos treze vereadores, nesse caso prevalecendo a vontade da sociedade, o que convenhamos, é o correto a ser feito – lembrando que no abaixo assinado de 2012, a sociedade já se manifestou com mais de 14 mil assinaturas a favor de 13 vereadores.
A Matra e a sociedade esperam que a Câmara de vereadores seja sensível à vontade dos eleitores, pois o resultado vai influenciar na vida de todos. Acesse a página da Matra (Marília Transparente) no Facebook e participe da campanha pelos 13 vereadores. Porque Marília tem dono: VOCÊ.