Coleta seletiva e instalação de Ecopontos são debatidos na Câmara Municipal
Um dos maiores problemas urbanos enfrentados na atualidade é a grande concentração de lixo. Na maioria dos municípios brasileiros, os resíduos são descartados diretamente no solo, ou seja, sem qualquer tipo de cuidado. Os “lixões”, então, tornam-se locais propícios para a proliferação de doenças, além de causarem diversos danos ao meio ambiente devido ao chorume (líquido tóxico formado pela decomposição dos resíduos orgânicos).
Em Marília, a situação não é diferente. Com a falta de uma coleta seletiva, montanhas de lixo se acumulam na frente das residências e pontos comerciais. Isso porque os resíduos orgânicos são descartados junto com os materiais que poderiam ser reciclados ou depositados em locais apropriados.
Dentre as soluções imediatas para o problema, está a instalação de Ecopontos na cidade, lugares apropriados para a destinação de restos de construção, móveis e eletrodomésticos em desuso, materiais para reciclagem (lâmpadas, óleo de cozinha e máquinas), dentre outros resíduos sólidos inservíveis.
É o que acredita o vereador José Luiz Queiroz (PSDB). Por isso, na última sessão da Câmara, o edil apresentou requerimento solicitando à Prefeitura informações sobre o funcionamento dos Ecopontos e qual seria a destinação dos materiais descartados.
Segundo o vereador, o lixo é composto por vários tipos de materiais, sendo que grande parte deveria ser descartado em local apropriado. “O ideal é que nós tivéssemos a coleta seletiva em Marília. No entanto, como uma solução temporária, é necessária a implantação de Ecopontos de maneira efetiva”, disse.
Além disso, na opinião de José Luiz, a existência de pontos de coleta funciona como um processo de educação ambiental, “porque sensibiliza a população sobre o problema do desperdício de recursos naturais e da poluição causada pelo lixo”.
Bosque Municipal
Ainda na sessão da última segunda-feira, o vereador José Luiz defendeu requerimento apresentado pelo vereador Mário Coraíni Júnior (PTB) solicitando a revitalização do Bosque Municipal Rangel Pietraroia.
O edil lembrou que a população tem receio de frequentar o Bosque devido à falta de segurança e questões de saúde pública. Para ele, uma medida eficaz é a realização de parcerias com o setor privado.
“Por que não conceder à iniciativa privada a administração de um restaurante dentro do Bosque? É preciso resolver a questão da acessibilidade, reformar os banheiros, melhorar a iluminação. A própria empresa poderá contribuir para a manutenção do espaço”, afirmou.
O vereador também comentou o sucesso da Feira Vegetariana realizada no Bosque, demonstrando o anseio da população pela ocupação dos espaços públicos.
Por fim, José Luiz afirmou que a revitalização do Bosque não está distante da realidade orçamentária da cidade. “Não estamos falando de investimentos milionários, mas de pequenas questões de zeladoria. É preciso uma ação rápida. Os espaços públicos são reféns do abandono. Está na hora de virar esta página”.
Fonte: Jornal da Manhã