A ex-nutricionista da SP Alimentação, Adriana Ragassi Fiorini, foi ouvida hoje pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Merenda. Ela atuou na empresa de 2003 a 2009 supervisionando a elaboração das merendas nas escolas da rede municipal de ensino.
Ragassi confirmou que as merendeiras eram responsáveis pelo controle do número de refeições servidas diariamente aos alunos e também pela conferência dos alimentos recebidos semanalmente nas escolas.
De acordo com a nutricionista, essa conferência era feita com base em documentos emitido pelos fornecedores de alimentos não perecíveis e pela SP. Essas notas, segunda Ragassi, discriminavam o gênero e a quantidade de insumos enviados às escolas.
Segundo o presidente da CPI, vereador Mário Coraíni, esses documentos não devem ser notas fiscais, uma vez que essas já foram alvo de análise pelo Ministério Público Federal e foi constatado que estavam irregulares, pois só informavam que os produtos entregues às escolas tratavam-se de insumos para a merenda escolar, sem relacionar gênero e quantidade.
Erro de digitação
A respeito da denúncia de pagamento indevido à SP Alimentação de 2 mil refeições contadas a mais e não servidas, Ragassi disse ter ouvido falar que se tratou de erro de digitação de uma funcionária da escola.
De acordo com ela, assim que o engano foi percebido, a SP efetuou sua compensação.
Porém, Ragassi não soube explicar como esse erro passou despercebido nas conferência realizadas pela diretora da escola, pelas nutricionistas da empresa e pela Secretaria de Educação.
Com o depoimento de Ragassi, chega ao fim mais uma fase de oitivas.
Coraíni informou que agora a Comissão deve se reunir para definir quem serão os próximos a serem ouvidos.