A Unidade de Saúde da Família (USF) Santa Paula/Marajó, localizada na zona Sul de Marília, foi inaugurada no dia 30 de novembro do ano passado, após um ano e nove meses de atraso e quase R$ 27 mil mais cara do que o previsto, segundo reportagem publicada no site Marília Notícia.
O pior é que menos de dois meses depois o prédio já apresenta problemas de infiltração. “Sempre que chove – e tem chovido muito em janeiro – o chão das salas, corredores e demais áreas internas fica totalmente molhado”, aponta a reportagem.
Aparentemente, dizem pessoas ouvidas pela reportagem, o prédio foi construído abaixo do nível da rua, o que estaria contribuindo para a invasão do líquido.
Entenda
A obra foi iniciada em maio de 2016, último ano da gestão Vinícius Camarinha e deveria ter ficado pronta em fevereiro do ano retrasado.
O ritmo teria diminuído após a última eleição municipal, até que os trabalhadores desapareceram do local. A obra ficou totalmente paralisada por vários meses.
O investimento total previsto inicialmente era de R$ 708 mil e o prazo para entrega, que acabou descumprido, foi fixado em nove meses. Também foram feitos aditivos que elevaram o preço.
Em junho de 2017 o site denunciou o abandono da obra pela construtora Zanutech Construções e Reformas Ltda, que afirma ter levado calote da Prefeitura de Marília.
A mesma empresa deixou outras construções inacabadas e o caso, inclusive, foi parar no Tribunal de Contas do Estado. A administração municipal nega pendências.
Em fevereiro do ano passado a Prefeitura assinou contrato com a EPC Construções Ltda pelo valor de R$ 321 mil. Já haviam sido gastos R$ 423.695,99 com a Zanutech.
Outro lado
Representantes da EPC Construções, que finalizou a construção da USF Santa Paula/Marajó, alegaram ao Marília Notícia que, em tese, a responsabilidade sobre o problema de infiltração não seria da empresa.
O argumento é de que a EPC assumiu a obra já em estágio avançado, com a infraestrutura praticamente pronta. “Foi mais serviço de pintura”, disse um funcionário. De acordo com ele, a empresa que começou o serviço é que deve responder sobre a questão.
A equipe do site já tentou diversas vezes contato com a Zanutech, mas os telefones disponíveis na internet não funcionam.
A Prefeitura foi procurada para comentar o assunto, mas não houve retorno até o fechamento desta matéria.
Fonte: Marília Notícia
*Fotos: Divulgação (reprodução site)
