ECONOMIA DE GUERRA: Prefeitura economiza R$ 1,7 milhão, mas gasta R$ R$ 3 milhões com medidas não prioritárias

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A Prefeitura de Marília divulgou no início deste mês que o município economizou nos primeiros 60 dias após o “Decreto de Economia de Guerra”, o qual teria duração de 90 dias, o valor de R$ 1.709.875,69. Dessa quantia, R$ 412.388,90 referem-se às despesas relativas a combustível, energia elétrica, telefone e horas extras. Já o valor restante de R$ 1.297.486,79 foi atribuído como despesas de custeio. No entanto, não foi discriminado em quais contas houve essa economia, já que corresponde a 75,90% do total economizado.

Ocorre que tanto um valor quanto outro fazem referência à manutenção da máquina, os quais são, por consequência, despesas de custeio. Transcorridos os 90 dias de economia, é possível fazer uma avaliação real por meio da publicação das despesas analíticas, comparando-se a economia e os gastos efetuados no mesmo período.

Na publicação sobre os valores economizados, a Prefeitura informou que é fundamental fazer gestão com responsabilidade e isso significa economizar no que for possível e investir no que é prioridade. Essa prática é essencial numa administração, seja ela pública ou privada. Por isso a MATRA pesquisou os gastos que considera não prioritários, realizados entre janeiro a dezembro de 2014, os quais foram publicados no Portal da Transparência da Prefeitura:

Publicidade R$ 1.938.367,14
Aluguel de Som R$ 545.203,93
Show com dupla Zezé de Camargo e Luciano R$ 429.000,00
Custo com confecção de faixas R$ 199.504,39
Total R$ 3.112.075,46

Diante dos números, conclui-se que os gastos não prioritários superaram em R$ 1.402.199,77 a economia, vale dizer, se gastou o equivalente a 182,01% do economizado. Observamos que a vigência do decreto de economia de guerra foi de 04/11/2014 a 31/01/2015, portanto, 2/3 desse período está ano fiscal de 2014.