Exames de raio-x voltam a ser feitos após polêmica em Marília

aparelho raios x

Depois de muita polêmica o raio-x do pronto-atendimento na zona norte de Marília (SP) voltou a funcionar normalmente. Neste sábado quem precisou desse atendimento não teve problemas. O aparelho de raio-x ficou 16 dias sem funcionar. Uma estimativa da empresa que presta o serviço de radiografia é que mais de dois mil exames deixaram de ser feitos nesse período.

Justiça determinou que empresa voltasse a operar com equipamento (Foto: Reprodução / TV TEM)
Justiça determinou que empresa voltasse a operar com equipamento (Foto: Reprodução / TV TEM)

A unidade é o único local que realiza exames de raio-x em pacientes do SUS que não estão em estado grave. A empresa alegou falta de pagamento da prefeitura há três meses e que não tinha como manter os serviços.

O problema começou depois que a empresa responsável pelos exames resolveu parar o serviço porque a prefeitura atrasou o pagamento. O município entrou na Justiça, já que um serviço público dessa importância não poderia ser suspenso. Há 9 dias, o juiz determinou que a empresa retomasse o atendimento.

O descumprimento geraria multa de R$ 1 mil por dia, mas a ordem não foi cumprida. A dona da empresa disse que não tinha dinheiro para comprar os materiais de trabalho para manter o serviço.

Os exames só voltaram a ser realizados neste sábado porque na quinta-feira (11) a prefeitura realizou um pagamento no valor de R$ 49 mil referente ao serviço prestado em fevereiro deste ano. A prefeitura também vai abrir uma sindicância para evitar nova suspensão no atendimento.

A dona da empresa TEC-X Imagens informou que vai esperar a cobrança judicial dos R$ 9 mil  pelos dias parados. Ela disse que tem como provar com documentos que não tinha verba para manter o serviço.

Empresa avisou por e-mail sobre problemas com pagamento (Foto: Reprodução / TV TEM)
Empresa avisou por e-mail sobre problemas com pagamento (Foto: Reprodução / TV TEM)

O contrato entre a prefeitura de Marília e a prestadora de serviço prevê que a empresa pode ser multada caso interrompa os atendimentos.

O documento diz que o valor da multa varia de acordo com o tempo de atraso no serviço. A porcentagem é relacionada ao valor do contrato que é de R$ 35,5 mil por mês.

A empresa disse que não tem condições de operar, porque está sem receber desde fevereiro e que teria avisado a Prefeitura por e-mail.

Fonte: G1