Funcionários do Departamento de Água e Esgoto de Marília (Daem) protestaram na noite desta segunda-feira (5), na Câmara de Marília (SP) depois do anúncio da concessão dos serviços do departamento. A Prefeitura também tomou outras medidas para reduzir os gastos, como cargos de confiança e extinção de duas Secretarias.
Os trabalhadores compareceram ao plenário para protestar sobre a decisão. Segundo o prefeito Vinicius Camarinha, a estrutura existente vai continuar sendo patrimônio do município e a empresa que assumir o trabalho deverá dar continuidade as obras de tratamento de esgoto, já iniciadas nas bacias do Pombo e do Barbosa.
Com R$ 36 milhões a menos na arrecadação municipal, Camarinha explica que a prefeitura não tem dinheiro suficiente para melhorar o serviço de água e esgoto da cidade, mas o Daem vai continuar a existir como uma agência reguladora do serviço. “Os investimentos de médio e longo prazo para modernização do sistema todo é altíssimo e o poder público sozinho não tem como realizá-los”, explica.
O projeto ainda deve passar pela Câmara e só depois deverá ser aberta a licitação. Ainda de acordo com o prefeito, os quase 360 funcionários, já concursados, serão mantidos. “Está garantido o emprego dos funcionários do Daem.”
Ainda durante a coletiva, o prefeito anunciou o corte de 25 cargos de confiança e extinção de algumas secretarias, como forma de reduzir os gastos. Em relação ao preço da água depois que a concessão for feita, o prefeito garantiu que não terá reajuste abusivo.