HC tem acúmulo de roupas sujas e pacientes levam o próprio lençol

O Hospital das Clínicas acumula roupas sujas na lavanderia da instituição e tem faltado lençóis para os leitos. Os pacientes têm levado a própria roupa de cama para ter como deitar. A direção da Famema alegou que parte das máquinas de processamento das roupas está quebrada e que falta R$ 1 milhão para comprar equipamentos novos.

Entre as queixas de funcionários e usuários do SUS, diante da crise financeira da Famema, está a falta de lençóis para os leitos. A própria TVTem obteve imagens do interior do hospital e mostrou a lavanderia com pilhas de roupas acumuladas. O superintendente do Complexo Famema, Ivan Melo de Araújo, confirmou o problema, mas ressaltou que não há ligação direta com a crise financeira da instituição. “Tivemos redução de repasses do Estado para a manutenção dos atendimentos. No entanto, os valores enviados para a reforma do Hospital das Clínicas estão dentro da normalidade e em breve estaremos com a lavanderia nova em uso”.

A reforma do HC, em andamento, está estimada em R$ 59 milhões, dos quais aproximadamente R$ 16 milhões já foram gastos. O dinheiro é repassado por etapas, conforme o cumprimento da obra e a autorização do Governo do Estado. A construção da nova lavanderia e da central de material esterilizado estava prevista no projeto de reforma e já foi concluída. No entanto, ainda não foi equipada. “Foram investidos aproximadamente R$ 5 milhões nessa obra e falta R$ 1 mi para a aquisição de todo maquinário novo”.

O Estado informou que a obra foi terminada em maio e que, após a aprovação, os próximos recursos são repassados, como é o trâmite normal para esse tipo de investimento. O superintendente mencionou que é preciso aguardar a colocação da nova lavanderia em uso, não sendo possível providenciar o conserto das máquinas atuais, em função do desgaste. “São máquinas muito velhas e que já nos renderam autuações por expor os funcionários desse setor a condições ruins de trabalho”. O processamento de roupas está priorizando o que é utilizado no centro cirúrgico e nos leitos de UTI.

Fonte: Jornal da Manhã