Com base em opiniões de especialistas, o Índice de Percepção da Corrupção (IPC) mede níveis de percepção de corrupção no setor público em todo mundo.
O IPC usa uma escala de zero (altamente corrupto) a 100 (altamente íntegro). Dos 180 países avaliados pelo índice de 2017, mais de dois terços receberam uma nota abaixo de 50. Isso significa que mais de seis bilhões de pessoas vivem em países que são corruptos. No entanto, nenhum país tem uma nota perfeita.
Com nota 37, o Brasil ocupa atualmente a 96ª posição no Ranking, atrás de países como a Argentina (85ª), Cuba (62ª), Chile (26ª) e Uruguai (23ª).
Nas américas o Canadá obteve a melhor pontuação 82, ficando em 8º lugar no Ranking Geral, seguido dos Estados Unidos (16º colocado, com 75 pontos).
O país considerado o menos corrupto do mundo de acordo com o índice, é a Nova Zelândia, que marcou 89 pontos na avaliação.
Muitos países que são menos corruptos ainda sofrem com tomadas de decisões pouco transparentes, abrigam finanças ilícitas ou toleram inconsistências na aplicação da lei. Os governos devem fazer mais de modo a servir melhor seus cidadãos e cidadãs, se engajar com a sociedade civil, apoiar a imprensa livre, proteger ativistas e jornalistas, garantir transparência e prestação de contas nos setores público e privado. Estes são passos essenciais na luta global contra a corrupção.
Em particular, a relação entre corrupção e liberdade de expressão é digna de destaque. Liberdade de expressão é fundamental para expor a corrupção e as injustiças que ela causa. Países com altas notas no IPC – aqueles com níveis mais baixos de corrupção – são muito melhores em proteger os direitos de jornalistas e ativistas. Inversamente, os de notas baixas – aqueles com níveis mais altos de corrupção – têm maior probabilidade de abafar as vozes de cidadãos e cidadãs e da mídia. Em sociedades corruptas, pessoas comuns são as que mais sofrem com isso, pois são impossibilitadas de agir em prol de seus direitos e demonstrar preocupação quando suas necessidades básicas não são supridas. Da mesma forma, jornalistas que investigam o abuso de poder e ativistas que demandam mudança são impedidos de realizar uma fiscalização crítica. Quando a liberdade de expressão é limitada, é mais provável que a corrupção ocorra sem obstáculos. Mesmo hoje, a maioria dos países não faz o suficiente para proteger a mídia ou se engajar com a sociedade civil em um diálogo aberto – componentes críticos nos esforços para deter a corrupção.
Veja nos quadros a seguir a pontuação dos países avaliados:
Fonte: Transparência Internacional