IPREMM: CPI VAI REQUISITAR AUDITORIA E PRESIDENTE CALCULA QUE HAVERÁ PRORROGAÇÃO DE PRAZO

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A CPI do Ipremm (Instituto de Previdência do Município de Marília), instalada na Câmara Municipal de Marília para apurar o rombo milionário nos recursos para pagamento dos servidores aposentados e pensionistas, deverá requisitar auditoria dentro das próximas semanas. De acordo com o presidente da comissão, o vereador Mário Coraíni Júnior (PTB), tudo indica que os 90 dias iniciais para a conclusão do inquérito não serão suficientes e os membros deverão decidir pela prorrogação por mais 90.

“Nos anos iniciais do Ipremm, a Prefeitura de Marília pagou normalmente a parte dela. Não houve problema. Depois é que os repasses pararam de ser efetuados, por isso estabelecemos um período para a investigação”, observou o vereador. Isso significa que os primeiros anos de atuação do instituto não estarão no foco das investigações. “O déficit e todo o caos que existem nas finanças do Ipremm hoje é a partir do período em que a Prefeitura deixou de fazer a obrigação dela”, contextualizou o presidente. O período em foco começa em 2005, na gestão do ex-prefeito Mário Bulgareli e abarca os governos de Ticiano Toffoli (2012) e do ex-deputado Vinícius Camarinha (2013-2016) e do atual prefeito Daniel Alonso (2017).

Os governos de Domingos Alcalde (1989-1992), Salomão Aukar (1993-1996) e Abelardo Camarinha (1997-2004) – o único dos três que ainda exerce cargo público, é deputado estadual pelo PSB – estão fora da CPI.

“Nós queremos investigar onde houve esta falta de pagamento, se foi justificado o motivo da Prefeitura de Marília não pagar a cota dela, as aplicações que foram feitas – principalmente a do Banco Santos e outros. Foram aplicações desastrosas, pois não eram recomendadas tais aplicações.
Precisamos ver tudo isso e, também, analisarmos as despesas feitas, se estas despesas foram regularmente feitas”, frisou o vereador Coraíni. O parlamentar destacou que parcelamentos assumidos pela Prefeitura para quitar o déficit não foram cumpridos, o que agravou a situação do instituto.

“A Prefeitura não vem honrando com a cota patronal”, reiterou o vereador. Dentro do prazo inicial de 90 dias, Coraíni acredita que não será possível concluir a CPI em decorrência da auditoria que precisará ser requisitada.

“Necessariamente deverão ser nomeados auditores externos, porque precisa do contador que tem fé pública no que faz para apurar eventuais irregularidades contábeis nas receitas e despesas. Por isso se faz necessária uma auditoria e da fé pública que tem um contador”, concluiu o presidente.

 Fonte: Jornal Cidade