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Jornal da Manhã repercute luta da MATRA contra a concessão do DAEM

21 de setembro de 2022 - 09:18

O Jornal da Manhã publicou na edição desta quarta-feira (21), uma reportagem sobre o trabalho que a MATRA vem realizando na tentativa de evitar a concessão do DAEM (Departamento de Água e Esgoto do Município) para a iniciativa privada.

A reportagem foi feita durante a reunião semanal da OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), na última terça-feira. Veja o que foi publicado:

O Daem esteve em pauta na reunião semanal da Matra desta terça-feira (20). O posicionamento da Oscip, contrária à privatização, é que falta gestão e sobra inadimplência. E o que uma empresa faria pelo Daem assumindo o serviço, a própria autarquia pode alcançar com mudanças legais e estruturais. Além de não onerar a sociedade, já que a concessão deve aumentar as contas de água, por baixo, em 40%.

Mesmo com 112 milhões de receita, prestando um serviço insubstituível, essencial e sem concorrência para 100% da população e com privilégios legais quanto à isenção de tributos, o Daem enquanto autarquia tem sido analisado como inviável.

Na comparação com o mercado privado, o Daem seria uma empresa de grande porte com as melhores condições de sucesso. E esta é a síntese da argumentação da Matra para a necessidade urgente de revisão legal e melhoria de gestão para que cessem os problemas no fornecimento de água e esgoto, sem a saída de privatização, que geraria um impacto financeiro de pelo menos 40% para a sociedade mariliense.

Antecedendo a audiência pública de 4 de outubro, a Oscip e o Ciesp conseguiram um encontro com a Administração Pública para questionar a concessão do Departamento de Água e Esgoto de Marília como alternativa para solucionar os problemas financeiros e de entrega de um serviço de qualidade à população.

A intenção da Matra é conseguir ponderação do poder público, postergando um possível edital e oportunizando a discussão sobre a concessão do Daem com a população e as empresas de Marília.

Falta ouvir a sociedade

“A lei foi aprovada sem audiência pública e a decisão de privatizar o Daem vai impactar diretamente em todos os usuários de Marília, pessoas físicas e jurídicas”, mencionaram os integrantes da Matra em reunião nesta terça-feira.

Eles observaram o impacto financeiro da concessão na conta de água para a grande fatia de baixa renda da população, assim como para as empresas de alimentos, que sustentam o título da cidade como Capital Nacional do Alimento e demandam grande quantidade de água em sua produção.

Risco de mais inadimplência

Além de sacrificar a sociedade, a Matra acredita que a concessão pode aumentar a inadimplência, que já é alta. No último levantamento (2020), o passivo do Daem estava em 177 milhões de reais, o que representa as dívidas dos usuários. Sendo que só há um procurador para as execuções fiscais, o que, no posicionamento da Matra, é um ineficaz.

Daem não exige profissionais qualificados

E não é o único erro de gestão apontado pela Oscip. A reformulação legal do Daem é da década de 90 e os dois conselhos da autarquia, Deliberativo e Fiscal, são formados por indicações e convites, sem qualificação adequada para a função. O próprio diretor presidente é de livre nomeação do prefeito, sem exigência de formação profissional específica.

“Com comando e gestão adequados, o Daem é viável sem a necessidade de concessão e de aumento de tributos que vão encarecer o serviço prestado”, reiteraram os membros da Matra.

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A Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) é formada por 70 colaboradores com as mais diversas formações, o que enriquece as fiscalizações, análises e pareceres quanto aos serviços públicos.

Entre os integrantes há professores, contadores, economistas, médicos, empresários, comerciantes, comerciários, bancários, industriários, policiais e promotores e procuradores aposentados, entre outras qualificações.

 

*Fonte: Jornal da Manhã.

**Imagem meramente ilustrativa.

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