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Justiça Federal rejeita pedido de Camarinha para afastar delegado da PF

16 de fevereiro de 2017 - 09:41

A Justiça Federal rejeitou o pedido do deputado estadual Abelardo Camarinha (PSB) para afastar o delegado da PF (Polícia Federal) Luciano Menin da Operação Miragem. A desembargadora Cecília Mello entendeu que tal iniciativa compete ao MPF (Ministério Público Federal).

A denúncia de Camarinha aponta perseguição e inimizade capital, parcialidade e interesse pessoal na investigação do delegado da Polícia Federal.

Abelardo Camarinha e o filho dele, o ex-prefeito e ex-deputado estadual Vinícius Camarinha (PSB), estão sendo investigados pela Operação Miragem. Investigações evidenciam cada vez mais que eles seriam os verdadeiros proprietários da CMN (Central Marília Notícias).

Por irregularidades junto à Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), as rádios Diário FM e Dirceu AM foram lacradas em setembro de 2016. No mês passado, o jornal Diário, do mesmo grupo de comunicação, teve suas atividades suspensas em fase da operação que ficou conhecida como “5º Mandamento – Não Matarás”, uma alusão à ameaça de morte que um dos investigados teria sofrido de outro envolvido no caso.

A Operação Miragem investiga a prática de crimes como “associação criminosa”, “falsidade ideológica”, “uso de documentos falsos”, “desenvolvimento clandestino de atividade de telecomunicações”, “sonegação fiscal” e “ocultação de bens, direitos ou valores provenientes de infração penal”.

Delação

Em delação premiada recente à Procuradoria Geral da República, Sandra Mara Norbiato reconheceu que participou do esquema criminoso relacionado à fraude na titularidade do grupo CMN como “testa de ferro” de Abelardo e Vinícius.

Em inquérito desenrolado pela Operação Miragem, que é mantido em sigilo, Sandra Norbiato diz ter sido indicada como “laranja”, assim como Marcelo Certain e Antônio Celso dos Santos, mediante remuneração, sem jamais ter participado da gestão das empresas, que, na verdade, era feita por Carlos Umberto Garrossino e José de Souza Júnior, aliados de Abelardo e Vinícius.

A Justiça Federal entendeu que Sandra Norbiato teria se limitado a ceder o nome dela mediante remuneração e que, por necessidades financeiras, havia sido estimulada pelo ex-marido e pai dos filhos dela Antônio Celso dos Santos a participar do esquema criminoso. Também foi levado em conta o baixo valor auferido pela colaboradora por sua participação criminosa.

Fonte: Jornal da Manhã

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