Uma decisão judicial proibiu que os servidores municipais de Marília que estão em greve há 14 dias prejudicassem o trânsito no centro da cidade. O juiz Walmir Adalêncio dos Santos Cruz concedeu uma liminar proibindo os manifestantes de bloquear o trânsito na Avenida Sampaio Vidal. Em caso de descumprimento, o sindicato dos servidores pode ser multado em até R$ 1 mil por hora.
A principal avenida da cidade, em frente à prefeitura é local onde os grevistas se concentram. A medida também proíbe interdições em qualquer outra via pública. Os servidores municipais se reuniram mais uma vez em frente a prefeitura nesta quarta-feira (27), mas desta vez, os manifestantes não puderam interditar a avenida, então lotaram o jardim.
Desde o início da greve, há 14 dias, a avenida era interditada de manhã e a tarde, no trecho em frente à prefeitura. Na ação, o executivo também pedia a proibição de som alto, mas o juiz negou e os servidores continuam fazendo muito barulho. O carro de som, que antes ficava parado no meio da avenida, agora fica em uma vaga regular. “Nós vamos continuar usando o carro de som para passar as informações e reivindicações para a administração municipal”, afirma o presidente do sindicato dos servidores municipais de marília, Mauro Cirino.
A prefeitura vai medir o volume do barulho feito pelos grevistas para uma nova ação na Justiça, segundo o procurador geral do município Gustavo Costilhas. “A prefeitura tem um órgão competente para fazer a medição da altura do barlho e vai ser apresentado ao juiz também.”
Segundo o sindicato, a greve tem a adesão de mais de mil servidores. Hoje contou com o reforço de algumas mães de alunos.
Na terça-feira (26), a prefeitura fez duas propostas na expectativa de encerrar a greve: a compensação dos dias parados e a criação de uma comissão para estudar a possibilidade de um novo reajuste, mas os servidores rejeitaram o acordo. Hoje de manhã, os grevistas fizeram uma carreata pela zona sul.
