Marília tem novo caso de leishmaniose visceral em humano. Desta vez trata-se de uma criança de três anos, moradora do bairro Jânio Quadros, na zona norte da cidade. A Divisão de Zoonoses confirma nove vítimas em que já houve a notificação ao Município. Os cães com sorologia positiva sofrem eutanásia.
A doença é de notificação compulsória. Isso significa que quando o resultado positivo não é obtido pelo sistema público, o laboratório particular tem que comunicar a Saúde Municipal. No entanto, nem sempre isso acontece ou nem sempre com a agilidade ideal para as ações de controle.
A criança com leishmaniose encontra-se internada no Hospital Materno Infantil. A Secretaria Municipal da Saúde confirma 13 casos de LV em humanos em Marília. O primeiro registro é de 2011, dois anos depois do encontro do mosquito-palha em Marília. Desde então, segundo os dados oficiais, houve ainda mais duas vítimas em 2014, outra em 2015 e nove neste ano.
Segundo a Divisão de Zoonoses da secretaria, não há registro de novas suspeitas no momento em humanos, mas há em cães e especificamente no caso dos animais com sorologia positiva é feita a eutanásia. “Somente estão sendo submetidos à eutanásia cães com teste rápido TR-DPP positivo, com comprovação pelo ELISA, realizado pelo Instituto Adolfo Lutz”, frisou a Saúde Municipal. Há relatos não oficiais de mortes suspeitas de humanos com possível leishmaniose visceral.
As ações de controle da doença incluem inquérito canino nos bairros e regiões onde são identificados pacientes, questionários para a população, bloqueio e ações específicas dos agentes e equipes de saúde.
Mosquito palha se prolifera em lixo acumulado
Os cuidados ambientais são essenciais, mas, ao invés disso, nos últimos meses o lixo se acumula na cidade por falta de coleta periódica pelo Município, o que é fator de risco para a leishmaniose visceral.
O mosquito palha, que transmite a leishmaniose, se reproduz em material em decomposição, como lixo e madeira apodrecida. A criação de galinhas oferece risco porque esse animal é o primeiro hospedeiro, seguido do cão e, depois, do homem.
FONTE: Jornal da Manhã