Sessão da Câmara: CP da dengue é rejeitada

O pedido de abertura de CP (Comissão Processante) a fim de investigar possível omissão, suspeitas em contrato e pagamentos e manipulação de informações sobre a epidemia de dengue na cidade, protocolado pelo líder comunitário Ademar Aparecido de Jesus na Câmara Municipal no dia 06 de maio foi rejeitada na sessão da Câmara de ontem (18).

Votaram a favor da abertura das investigações os vereadores Cícero do Ceasa, Mário Coraíni Júnior e Wilson Damasceno. Foram contrários os vereadores Bássiga, Capacete, José Menezes, Luiz Eduardo Nardi, Marcos Rezende, Samuel da Farmácia, Sônia Tonin e Silvio Harada. O Presidente da Câmara, Herval Rosa Seabra, não votou, pois só é necessária a votação quando há empate. Já o vereador Marcos Custódio não compareceu à sessão por licença médica.

O pedido

A solicitação denunciou que na formalização do contrato entre a Prefeitura e a empresa Agroatta Comércio Varejista de Produtos Saneantes Domissani (responsável pela nebulização e recolhimento de criadouros do mosquito da dengue), foi apresentada a documentação da Agroatta de Três Lagoas-MS, porém o acervo técnico e outros requisitos foram apresentados pela Agroatta de Jales-SP.

Outro ponto focado no documento foi o despreparo da empresa contratada e a incompatibilidade do procedimento com a emergência decretada por causa da epidemia de dengue na cidade. Além do processo licitatório considerado ilegal e irregular, o pedido ainda apontou ‘custo zero’ da empresa no treinamento de funcionários contratados na própria cidade e no veneno, que seria fornecido pela Sucen (Superintendência de Controle de Endemias).

Uma das principais suspeitas é de superfaturamento no valor de quase R$ 1,3 milhão na contratação da Agroatta, pois os custos totais chegariam a R$ 500 mil.