O Sindimmar (Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos do Município de Marília) e trabalhadores do Daem realizaram uma manifestação ontem de manhã contra a concessão do Departamento de Água e Esgoto e o tarifaço da água, como já é esperado por quem discorda da medida. Cerca de 50 trabalhadores deixaram a sede do Daem, na rua São Luiz, e caminharam por vias centrais em sinal de protesto.
O movimento, com carro de som e narizes de palhaço terminou no Paço Municipal, onde os servidores e sindicalistas tentaram ser recebidos pelo prefeito Vinícius Camarinha. O vice-prefeito Sérgio Lopes Sobrinho chegou nesse momento e atendeu os manifestantes. “Ele se limitou a dizer que devemos montar uma comissão para discutir o assunto. Porém, se houvesse interesse da Prefeitura em discutir, isso já teria acontecido”, disse o presidente do Sindimar, Mauro Cirino.
O sindicato contraria a concessão e a forma como o prefeito tomou a medida, tida como antidemocrática. “O gestor não ouviu ninguém, não propôs discussões em torno do tema e nem explicou aos servidores do Daem como será o futuro desses trabalhadores”, mencionou Cirino. A Força Sindical, incluindo o Sindimmar, contraria a concessão. O discurso contra o projeto de Lei do Executivo afirma que a tarifa de água vai subir de forma abusiva, para que a empresa que assumir o serviço possa ter lucro. E também para compensar a dívida de R$ 40 milhões da Prefeitura com o departamento.
“Nós queremos que o prefeito tire esse projeto da pauta do Legislativo e discuta a concessão com a população e seus representantes. Sabemos que existem outras medidas possíveis de resolver os problemas do Daem”, destacou Mauro Cirino. O presidente do Sindimmar acredita que não será possível à Prefeitura absorver funções específicas do Daem, após a sua concessão. “O prefeito disse que todos os 350 servidores serão absorvidos, mas onde vão atuar um operador de motobomba? Ou um leitor de hidrômetro, por exemplo”.