Em reunião realizada ontem (13), a Prefeitura pediu prazo de 20 dias aos representantes da empresa Grande Marília para buscar uma solução e manter a concessionária no serviço de transporte coletivo. A Grande Marília encerraria as suas atividades na cidade no próximo domingo (17). Isso porque o déficit mensal, por conta do descumprimento de cláusulas contratuais por parte da Prefeitura, seria de aproximadamente R$ 400 mil, mesmo contando com cerca de 450 mil usuários por mês.
Em março, a concessionária protocolou um documento na Prefeitura solicitando providências para evitar que a empresa entrasse em colapso. As condições exigidas pela Grande Marília foram aumentar a passagem de R$ 2,85 para R$ 3,27, deixar de pagar um dos impostos, retirar os cobradores e receber uma ajuda de custo da prefeitura para manter o serviço na cidade. Mas a Prefeitura concordou apenas com uma modernização nas linhas e também autorizou a empresa a parar de contratar cobradores. Os que já estão empregados continuam na função.
A Prefeitura afirma que por lei a empresa não pode parar o transporte da noite para o dia e deve cumprir o contrato. Já de acordo com o advogado da concessionária, o serviço pode sim ser interrompido, e será, caso não haja nenhuma outra proposta da prefeitura. Após o acordo fechado ontem, a Prefeitura informou que mantém o diálogo para discutir novas medidas e aperfeiçoar os itinerários. Porém, não quis especificar qual será a medida para firmar acordo amigável com a Grande Marília para evitar um embate judicial. A Prefeitura adiantou que o reajuste da tarifa para R$ 3,27 está descartado, assim como demissões de cobradores.
