Dr. Carlos Rodrigues da Silva Filho*
Na área médica esse referencial teórico se consolida a cada dia e aos poucos passa-se a intervir na realidade só após se testar e obter de forma sólida a evidencia, de que a intervenção de fato é positiva e provêm de uma observação controlada, deixando de lado os “achismos”. São ainda pré-requisitos que as intervenções tenham um potencial de ajudar muito maior do que atrapalhar, poupando-se assim tempo, vidas e dinheiro.
Não seria de todo mal se na área da educação se procedesse da mesma forma.
E parece que estamos iniciando a mudança do paradigma.
A seguir temos sete intervenções que se acreditou por muito tempo que fizessem diferença por si e que trariam melhora inquestionável ao ensino e que se mostraram incorretas ao longo do tempo e após observação controlada.
- Só pagar melhor os professores já melhora o aprendizado.
- Melhorar a infraestrutura da escola tem impacto positivo no desempenho dos alunos.
- A progressão continuada contribui para piorar a qualidade do ensino.
- Cursos de reciclagem de professores ajudam a melhorar o ensino.
- Gastar mais com a educação é suficiente para aumentar o aprendizado dos alunos.
- A escola não pode ajudar filhos de famílias desestruturadas.
- Sistemas de ensino apostilados tolhem a autonomia do professo
O problema da educação é muito mais complexo. Mas é consenso que o ponto central é ter professores bem formados, que saibam ensinar e dominem a disciplina que lecionam. A Prova Brasil e Saeb tem nos ajudado a encontrar o caminho correto.
* Artigo publicado no jornal Bom Dia Marília – 17/11/2009