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FIM DAS FILAS NAS CALÇADAS: MATRA RECORRE AO MINISTÉRIO PÚBLICO PARA COMBATER AGLOMERAÇÕES E GARANTIR OS DIREITOS DOS IDOSOS

07 de fevereiro de 2021 - 06:00

Que estamos em uma pandemia não é novidade. Assim como se tornou comum sermos alertados de alguma forma que não devemos nos aglomerar, que temos que manter o distanciamento, usar máscaras, higienizar as mãos com frequência, etc.

Todos os dias tem sido assim desde março do ano passado.

Vivemos essa pandemia há tanto tempo, que muitos desses cuidados já foram incorporados em nossa rotina e os executamos quase que automaticamente, sem perceber.

Enquanto de um lado o número de infectados e de mortos pela Covid-19 aumenta em proporções preocupantes em Marília, assim como a taxa de ocupação de leitos hospitalares, de outro, as medidas de combate à propagação do coronavírus impostas pelas autoridades, já representam também a falência de pequenos negócios, o aumento do desemprego e da insegurança de grande parte da sociedade.

Neste cenário, como justificar as cenas registradas por vários dias e amplamente noticiadas pela imprensa, de pessoas – inclusive idosos, que são grupo de risco para Covid-19 – se aglomerando em filas tão longas quanto mal organizadas, nas calçadas, principalmente na frente de algumas agências bancárias?

Ora, a regra cobrada dentro dos estabelecimentos também deveria ser aplicada do lado de fora deles. E não é preciso ser especialista no assunto para saber que em dia de pagamento, principalmente das aposentadorias, o volume de clientes será maior do que em dias normais. Então, é preciso que as agências bancárias se planejem e estejam preparadas para atender essa demanda dentro das regras estabelecidas. É inadmissível que estabelecimentos com tanto poder econômico e lucros elevadíssimos não se dignem a fazer um cálculo, uma previsão, para atender adequadamente os clientes (principalmente os idosos), em espaço físico com o mínimo de conforto.

O que vimos e foi noticiado em Marília com filas de até duzentas pessoas, em pé na calçada, em baixo de sol forte ou de chuva algumas vezes, POR HORAS nas proximidades de algumas agências bancárias para que pudessem receber os pagamentos, foi além do descumprimento às medidas de prevenção à Covid-19.

Por isso a MATRA encaminhou um ofício ao Promotor de Justiça com atuação cível na área do idoso em Marília, para que tomasse conhecimento e as providências que julgar necessárias, afim de garantir o respeito às medidas de controle da pandemia na cidade e o restabelecimento do direito assegurado às pessoas com idade superior a 60 anos, destacando-se a “garantia da prioridade, consubstanciada no atendimento preferencial, imediato e individualizado junto aos órgãos públicos e privados prestadores de serviços à população” – como consta no Estatuto do Idoso. E isso vale para todos os estabelecimentos, não apenas os bancos.

A denúncia encaminhada pela MATRA foi acompanhada de cópias de reportagens que abordaram o assunto, publicadas pelo Jornal da Manhã, contendo diversos depoimentos como o de uma mulher de 83 anos, que estava há duas horas na fila (em pé na calçada) para poder receber a aposentadoria. Além disso, a MATRA também encaminhou fotos, como as que ilustram esta publicação, que deixam ainda mais evidente o descaso com que a situação foi tratada em diversos locais, inclusive na frente do Ganha Tempo Municipal em alguns dias.

O Ministério Público ainda não se manifestou sobre a denúncia encaminhada pela MATRA, mas certamente tomará as providências necessárias afim de que esse desrespeito não volte a se repetir e os responsáveis sejam punidos.

Todos devemos fazer a nossa parte na luta contra o coronavírus. Faça você também a sua! Lembre-se: Marília tem dono: VOCÊ!

*Fotos: MATRA

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