Demonstrando grande insatisfação com a postura dos vereadores em relação aos problemas da cidade, cerca de 200 manifestantes protestaram ontem (24) em frente à Câmara Municipal. O grupo chegou às 17h e se concentrou na Praça Saturnino de Brito para confecção das faixas de cartazes.
Sob os gritos “o servidor é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo” e “saúde, educação, vamos para a rua fazer revolução”, os manifestantes protestaram contra a aprovação do Projeto de Lei que regulamenta o Código de Ética dos servidores e reivindicaram o passe livre, a municipalização do HC (Hospital das Clínicas), o fim das obras de reforma do Teatro Municipal, a construção de uma ciclovia e melhorias na infraestrutura da cidade.
Após pedido, o Presidente da Câmara, Luiz Eduardo Nardi, recebeu os manifestantes e nomeou uma Comissão formada pelos vereadores Marcos Custódio, José Bássiga e Cícero do Ceasa.
Em reunião, quatro manifestantes expuseram as reivindicações e tornaram a criticar o Código de Ética dos Servidores, pois sujeita o funcionário à demissão caso incitem greves. Segundo Marcos Custódio, a Prefeitura elaborou o Código seguindo o modelo organizado pelo Governo do Estado. Foi proposto, então, que os vereadores façam algum documento afirmando que são contrários a qualquer tipo de repressão aos servidores.
Ao final, foi solicitada a realização de uma Audiência Pública para debater a questão do passe livre, a municipalização do HC e a revogação do Código de Ética. O Presidente Luiz Eduardo Nardi informou que irá agendar uma data.
Protestos
Hoje (25), a partir das 18h será realizada uma passeata para protestar contra a PEC 37, que tira o poder de investigação do Ministério Público. A manifestação tem início no Campus Universitário e passar por ruas do Centro da cidade.
Amanhã (26), uma manifestação deve acontecer a partir das 18h, com saída na Praça da Basílica São Bento. São reivindicações do protesto: plano de mobilidade urbana e passe livre; reabertura do Teatro Municipal; revogação do Código de Ética dos servidores, equiparação de salários entre vereadores e professores; fim da privatização da saúde; contrariedade ao PIMESP (Programa de Inclusão por Mérito do Estado de São Paulo); contrariedade ao Projeto “Cura Gay” e redução da jornada de trabalho.