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Marília perde 13 ecopontos de coleta seletiva por falta de apoio, diz coletor

Segundo prefeitura, em junho, cerca de dez toneladas de recicláveis vinham sendo recolhidas por mês; menos de 5% do lixo produzido na cidade vão para coleta seletiva, segundo Tribunal de Contas ler

08 de julho de 2022 - 11:49

Marília passa por um momento de retrocesso em sua ainda incipiente política pública de coleta seletiva de lixo com a perda de 13 pontos de recebimento de materiais recicláveis instalados recentemente, em diversas regiões da cidade, por famílias de coletores. É o que aponta uma reportagem publicada hoje (08) pelo site temmais.com.

A publicação aponta que a retirada dos dispositivos acontece devido aos recorrentes episódios de mau uso pela população e pela alegada falta de apoio do poder público municipal, que poderia, por exemplo, auxiliar no monitoramento dos ecopontos por meio de câmeras.

Quem afirma isso na reportagem é Ademar Aparecido de Jesus, conhecido como Dema, responsável pela instalação e, agora, retirada dos ecopontos. A legislação municipal prevê a autorização de uso de espaço público para funcionamento desse tipo de dispositivo.

“Assim como pedimos autorização para instalar os ecopontos, nós também protocolamos um pedido para fazer a retirada. Por incrível que pareça, para auxiliar na manutenção não tivemos ajuda, mas para retirar nos ofereceram até caminhões”, lamentou Dema.

O coletor e sua família já removeram os ecopontos das ruas e avenidas Maria Fernandes Cavalari; Brigadeiro Eduardo Gomes; Clemente Ferreira; das Esmeraldas e de seu prolongamento; Cascata; República; Nove de Julho; Sampaio Vidal; Jardim Acapulco; João Martins Coelho; e Santo Antônio.

Ao menos dois deles foram removidos nos últimos meses devido a descartes de lixo doméstico, atos de vandalismo e queixas de moradores. Os outros começaram a ser retirados nas últimas semanas.

Na quinta-feira (7), foi informado que só faltava a remoção de mais um ecoponto, cujo custeio de confecção é de responsabilidade de quem instala e usufrui do material coletado. A destinação dos dispositivos está sendo pensada, mas não se descarta a instalação em outra cidade.

Em junho, a administração municipal anunciou que, um ano após o início do projeto, dez toneladas de recicláveis, como plásticos, papéis, metais e vidros, estavam sendo recolhidas por mês através dos ecopontos.

Apesar do volume, segundo uma fiscalização do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) realizada em março, em Marília, menos de 5% do lixo são recolhidos pela coleta seletiva.

Na ocasião, a prefeitura afirmou que iniciou a coleta seletiva através de 15 ecopontos e de porta em porta na região norte, apoiando três cooperativas. “O foco inicial está sendo educar a população. Agora, estamos realizando a licitação para compra de 20 mil sacolas retornáveis para expandir a coleta de porta em porta, ampliando de 5% para 25%”.

Após a retirada dos 13 ecopontos pela família de Dema, na quinta-feira o Executivo mariliense foi novamente procurado pelo site para se manifestar sobre a questão. Desta vez, no entanto, não houve retorno.

A Plenária do Lixo, realizada pela MATRA, continua sendo ignorada

A aplicação dos recursos públicos na melhoria da qualidade de vida da população por meio da preservação do meio ambiente e da destinação correta dos resíduos coletados diariamente na cidade é mais uma luta antiga da MATRA.

Em sua ação mais marcante, a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público Marília Transparente, realizou a segunda Plenária do Lixo. O evento, realizado em agosto de 2019, em parceria com a Origem, o CADES (Conselho Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável), Conselho de Habitação e Política Urbana, ACIM (Associação Comercial e Industrial de Marília) e o CODEM (Conselho de Desenvolvimento Estratégico de Marília), foi um marco na história de Marília.

Ao se reunirem de maneira voluntária para a obtenção de informações concretas sobre a situação atual do lixo e a busca de soluções para esse grave problema, os mais de 180 participantes ouviram especialistas da área. Uma ação que reuniu pessoas de diversos segmentos da sociedade demonstrando a importância da participação popular para desenvolvimento do Município, em uma ação livre de interesses político-partidários.

Deste encontro por Marília, surgiram oito propostas objetivas para a mudança do cenário atual, que muito entristece quem vive aqui. Os esforços para a concretização das propostas continuam!

Saiba mais sobre o assunto nos links abaixo:

SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA REALIZA PLENÁRIA DO LIXO E VOCÊ É NOSSO CONVIDADO ESPECIAL

PLENÁRIA DO LIXO REPERCUTE NA IMPRENSA. ENQUANTO ISSO, ORGANIZADORES PREPARAM DOCUMENTO COM OS RESULTADOS

PLENÁRIA DO LIXO: ENTREGA DE DOCUMENTO COM RESUMO DAS PROPOSTAS MARCA NOVA FASE DE AÇÃO

PLENÁRIA DO LIXO: DEPOIS DE SEIS MESES DO EVENTO E POUCOS AVANÇOS, COMISSÃO DA SOCIEDADE CIVIL VOLTA A COBRAR A IMPLANTAÇÃO DE AÇÕES PELO PODER PÚBLICO

PROPOSTAS DA PLENÁRIA DO LIXO COMEÇAM A SER IMPLANTADAS. MAS AINDA HÁ MUITO A SER FEITO NESTE SENTIDO

 

*Fonte: temmais.com

**Imagens meramente ilustrativas (reprodução do site)

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