Saúde pública: Município aplica R$ 49 milhões de maio a agosto

Julio Zorzetto, Saúde, frisou projeto de mais oito unidades de saúde, mas falta de recurso municipal e a dificuldade de contratação de equipe são impedimentos
O Município investiu R$ 49,265 milhões em saúde de maio a agosto deste ano.
O dado foi informado ontem durante a prestação de contas referente ao segundo quadrimestre do ano feita pela da Secretaria da Saúde.
O montante resultou em 27,19% do orçamento geral do Marília: 12% a mais do que o mínimo previsto por lei. De acordo com a emenda constitucional n. 29, o Conselho Nacional de Saúde determina pelo menos 15% do orçamento público para essa área.
O secretário municipal de Saúde, Julio Cezar Zorzetto, frisou ontem, durante a audiência pública, o investimento de 27,19% no segundo quadrimestre de 2012.
Proporcionalmente, o valor aplicado é maior do que nos anos anteriores, sendo que em 2005 foi de 23,69%, em 2006 foi de 21,53%, em 2007: 19,82%, em 2008: 20,90, em 2009: 22,86%, em 2010: 23,85% e no ano passado foi de 23%.
O financiamento total em saúde pelo Município no segundo quadrimestre do ano foi de R$ 88.039.623,17, sendo que R$ 49.265.070,70 foram provenientes de recursos próprios.
Ou seja, 55,96% do total. Outros R$ 38.672.582,45 (43,93%) vieram da União e R$ 101.970,02 (0,12%) do Estado. Nessa prestação de contas da Secretaria Municipal de Saúde, não são considerados os repasses do Estado diretos ao Complexo Assistencial Famema (Hospital das Clínicas I, II (HMI) e III, Hemocentro, Ambulatório Mário Covas, Ambulatório de Oftalmologia).
Na comparação com o primeiro quadrimestre deste ano, o segundo período investiu valores semelhantes na rede básica, entre consultas médicas, atendimentos especializados, procedimentos odontológicos, exames e outros procedimentos, com uma diferença de 13.716 para mais.
Já em relação aos prestadores de serviços e conveniados ao SUS o investimento no segundo quadrimestre foi maior em R$ 23.792 em relação ao primeiro período do ano. Falta dinheiro A audiência pública foi realizada ontem na Câmara Municipal.
Apesar do investimento acima do mínimo exigido por lei, o gestor de Saúde afirmou que falta dinheiro. Segundo ele, seria preciso um milhão a mais por mês vindo do governo federal para atender à demanda satisfatoriamente.
Rede básica Hoje Marília conta com 33 USFs (Unidades de Saúde da Família), mas segundo cálculo de uma USF para cada quatro mil habitantes, deveriam existir 54. Segundo o secretário Julio Zorzetto, existem oito projetos de unidades novas autorizados pelo Ministério da Saúde.
Porém, a falta de recurso municipal e a dificuldade de contratação de equipe são impedimentos para a implantação. Além das USFs, o município tem 12 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e dois PAs (Prontos Atendimentos).

Fonte: Jornal da Manhã de Marília