Começa hoje, com o depoimento de testemunhas de acusação, a fase de instrução do processo contra os acusados de envolvimento com o “mensalão mineiro”, suposto esquema de desvio de recursos públicos, ocorrido em 1998, durante a campanha à reeleição do então governador de Minas, Eduardo Azeredo.
Segundo informações do jornal O Estado de São Paulo, juíza Neide da Silva Martins indeferiu ontem o pedido de última hora feito pela defesa de Marcos Valério Fernandes de Souza, que solicitou o adiamento da audiência e que o processo fosse remetido para o STF (Supremo Tribunal Federal), já que um dos réus, Clésio Andrade, passou a gozar de foro privilegiado ao assumir uma cadeira no Senado após a morte de Eliseu Resende, de quem era suplente.
Entenda o caso
A denúncia do “mensalão mineiro” foi apresentada ao Ministério Público pelo então procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza em fevereiro do ano passado.
Foram apontados desvios de pelo menos R$ 3,5 milhões dos cofres das estatais Copasa (Companhia de Saneamento), Comig (Companhia Mineradora) – atual Codemig – e Bemge (Banco do Estado de Minas Gerais) para a campanha à reeleição do então governador de Minas, Eduardo Azeredo.
Na acusação formal, o Ministério Público Federal afirmou que o "repasse indevido de dinheiro público" ocorreu sob o "manto formal" de patrocínios a eventos esportivos.
(V.M.)