A repercussão negativa do pagamento de pensões
Para correr atrás do prejuízo, o governo agora tenta se adiantar a uma eventual manifestação do MP e tomar a iniciativa de, "no limite de sua competência", propor a revisão da norma prevista na lei 1.654, de 1957, que instituiu os pagamentos, durante o governo de Bias Fortes.
Antes disso, o governo do Estado de Minas Gerais foi bastante reticente na divulgação dos beneficiários e valor do benefícios, argumentando que a lei prevê que gastos com salários de pensionistas só podem ser divulgados com autorização do beneficiado. Posteriormente, foi revelado esta semana que no Estado quatro ex-governadores e uma viúva recebem pensões vitalícias, que somam quase R$ 50 mil mensais.
São atualmente beneficiados em MG os ex-governadores Rondon Pacheco, Francelino Pereira (DEM), Hélio Garcia e Eduardo Azeredo (PSDB), que governaram o Estado entre 1971 e 1999. Também ganha a viúva de Israel Pinheiro (1966-71). Segundo o governo, Aécio Neves (PSDB), Itamar Franco (PPS) e Newton Cardoso (PMDB) não pediram o beneficio.
Inquérito do MP
Enquanto isso, o Ministério Público de Minas Gerais instaurou ontem um inquérito para investigar o pagamento de aposentadorias dos ex-governadores do estado. O promotor João Medeiros, da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, pediu ao governo mineiro os documentos sobre os pagamentos dos benefícios.
As pensões estão previstas em lei de 1957, ainda