Ao todo, mais de duzentas pessoas compareceram ao ato de constituição do Observatório douradense, que integra a rede Observatório Social do Brasil, aplaudindo as propostas desse organismo que nasce do meio empresarial, através da Associação Comercial e Empresarial de Dourados (Aced), mas está aberta à participação de todo cidadão.
“Penso que o Observatório Social vem ao encontro de uma necessidade que há muito tempo o povo estava esperando; nós votamos, mas isso não basta, temos que acompanhar, fiscalizar e participar de tudo aquilo que é da gestão publica”, disse o bispo da Diocese de Dourados, dom Redovino Rizzardo, parabenizando a diretoria da Aced, “então, nós apoiamos plenamente e fazemos votos de que realmente realize aquilo que o povo está esperando”, concluiu.
A solenidade seguiu os protocolos legais, com o presidente da Aced, Antonio Freire, conduzindo a aprovação do estatuto do OSD. Em seu pronunciamento, ele ressaltou que o Observatório Social não vai se omitir de cobrar eficiência e lisura dos futuros administradores da cidade. “Demos o pontapé inicial, o alcance dos objetivos virá com o tempo, nossa parte nós fizemos, montamos uma ótima diretoria e agora é trabalhar e esperar pelos resultados positivos que vão aparecer”, disse Freire, que ficou como presidente de honra do OSD, por seu empenho em unir as entidades em torno desse ideal e conseguir montar essa organização
Após
Entre as autoridades presentes, o próprio prefeito eleito, Murilo Zauith, disse que abrirá a administração ao Observatório Social e que vai compartilhar responsabilidades com esse novo organismo de controle social do município. Por sua vez, o delegado da Polícia Federal, Bráulio Cézar da Silva Galloni, comentou que a constituição do OSD acontece num contexto de falhas de alguns “filtros”, que seriam os administradores de primeiro e segundo escalões.
“Se os servidores são éticos, muita coisa já se resolve, mas quando esses filtros falham, a sociedade tem que resgatar as rédeas e, é claro, OSD vai trabalhar mais ou menos dependendo da transparência da administração, mas na ordem natural das coisas, negociatas e falcatruas não terão espaço se o administrador, se o secretariado é ético”, disse o delegado.
Na estrutura de cargos imediatos ao do presidente do Observatório Social, ocupam as quatro vice-presidências da organização, os empresários Francisco Eduardo Custódio, de produtos e metodologia, Marco Antonio Ortiz Ferreira, para assuntos de controle social e políticas sociais, Carlos Casagrande Poleis, para assuntos administrativo-financeiros, e o professor e juiz de direito aposentado, Carlos Ismar Baraldi, de assuntos institucionais e alianças.
O professor Baraldi disse que a criação do Observatório Social mostra o estágio elevado de reflexão a que chegou a população douradense. Ele explicou ainda por que aceitou ser voluntário do OSD. “Agora, nós teremos a oportunidade de exercer a autoridade que o primeiro artigo da Constituição nos dá: – todo poder emana do povo que o exerce, diretamente ou por meio de representantes; se nós temos esse poder, é preciso que não fiquemos apenas como coadjuvantes do exercício político, temos que sair da lei para a prática e é bem isso que eu espero que o Observatório consiga fazer”, declarou.
Os membros do Conselho Fiscal do OSD são o empresário Romem Barlate, o juiz de direito aposentado Tenir Miranda, e o coronel do Exército, Edilmar Antonio Manfredini. Segundo Rui Barbosa, a primeira reunião de trabalho e definição de estratégias de ação do OSD acontecerá na próxima semana.
Fonte: Observatório Social do Brasil